Ala do MDB vai ao TSE para suspender a convenção que oficializaria Tebet

O senador Renan Calheiros, tido como um dos principais articuladores da proposta, já havia sinalizado a judicialização da convenção

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

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Uma ala do MDB encaminhou, nesta segunda-feira 25, um pedido ao Tribunal Superior Eleitoral para suspender a convenção nacional do partido, prevista para a próxima quarta 27. O evento tende a confirmar a candidatura de Simone Tebet à presidência.

No documento enviado ao TSE, o emedebista Hugo Wanderley Caju, delegado da convenção e filiado à sigla em Alagoas, destaca que o partido comete grave “irregularidade” ao propor a convenção virtual e que o formato esbarra no sigilo de voto.

A peça cita que o formato virtual coloca em risco a legitimidade das escolhas. “Isso porque a ausência de sigilo nas votações representa grave risco de escolha antidemocrática entre filiados, haja vista a possibilidade de culminar no afastamento de pré-candidatos que desejariam disputar o pleito, no direcionamento dos votos e opiniões de filiados e, ainda, no receio quanto a possíveis represálias da cúpula partidária.”

Ressalta também que a condição de voto universal e secreto também é intrínseca ao próprio funcionamento dos partidos, “cujos filiados detêm legítimas pretensões políticas”.

Na sexta-feira 22, o senador Renan Calheiros, tido como um dos principais articuladores da proposta de adiamento, já havia sinalizado em suas redes sociais a judicialização da convenção. Sua principal crítica é a de que o presidente do partido, Baleia Rossi, estaria conduzindo o processo de maneira antidemocrática e sem diálogo com os emedebistas que se opõem à candidatura de Simone Tebet.

“Sem diálogo, sem avaliações realistas sobre o desempenho da pré-candidatura e sem competitividade nas pesquisas, é insanidade sacrificar o MDB nos estados”, escreveu. “A persistir a obsessão, não restará alternativa senão a judicialização da própria convenção.”


 

O grupo do MDB que apoia Lula nas eleições tem defendido o formato presencial da convenção e o adiamento da cerimônia para o dia 5 de agosto, uma forma de o partido ter mais tempo para deliberar sobre a candidatura própria nas eleições.

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