“Quero muito agradecer ao Nordeste por ter nos livrado do fascismo. O Nordeste foi incrível, bora para a democracia!”, afirmou Matheus Nachtergaele, antes de entrar na Marquês de Sapucaí para o desfile da Imperatriz Leopoldinense, grande campeã do carnaval carioca deste ano, cujo tema foi a história de Lampião. O ator e diretor referia-se aos 69,34% dos votos da região conferidos ao presidente Lula em 2022, os quais foram decisivos para derrotar Jair Bolsonaro. Esse mesmo agradecimento ele havia feito in loco ao público recifense que prestigiava a peça Molière, espetáculo que o ator levou à capital pernambucana em janeiro passado. Segundo maior colégio eleitoral do Brasil e com histórico político mais progressista que outras localidades, a região é a mais empobrecida do País, motivo pelo qual tem sido a mais contemplada pelo governo nos primeiros cem dias.
Fiel da balança nas urnas, o Nordeste continua a ser o mais otimista em relação ao terceiro mandato de Lula, conforme pesquisa Ipec de 19 de março, a confirmar que 53% dos nordestinos classificam este começo de gestão como ótimo ou bom, 12% a mais que a média nacional. O entusiasmo pode estar relacionado aos programas sociais recriados nos primeiros três meses do ano, como o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida e o Programa de Aquisição de Alimentos. Desde que tomou posse, em 1º de janeiro, Lula visitou pelo menos quatro estados nordestinos e prometeu voltar à região para percorrer os demais. Em fevereiro, na Bahia, o presidente entregou mais de 600 imóveis do Minha Casa Minha Vida. De Salvador seguiu para Aracaju, onde pegou um helicóptero para conferir as obras da duplicação da BR 101, em Maruim, Sergipe. Em março, além de relançar o PPA em Pernambuco, esteve na Paraíba, para inaugurar um complexo de energia solar e eólica.
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