Política
Agência de marketing vai à Justiça contra a campanha de Marçal por calote
O contrato previa o pagamento de 625 mil reais, em três parcelas, segundo a ação. A companhia argumenta, porém, que os débitos não foram quitados


Uma empresa de comunicação acionou a Justiça de São Paulo contra a campanha do candidato a prefeito da capital Pablo Marçal (PRTB) por suposto calote. O caso tramitará na 25º Vara Cível.
A Vivere Press Comunicação 360 sustenta ter firmado com Marçal e com o presidente do PRTB, Leonardo Avalanche, um contrato de prestação de serviços de assessoria de imprensa e marketing. A assinatura ocorreu em 2 de agosto, duas semanas antes de começar oficialmente a campanha.
O contrato previa o pagamento de 625 mil reais, em três parcelas, segundo a ação. A companhia argumenta, porém, que os débitos não foram quitados, apesar do “efetivo cumprimento das obrigações” por parte da assessoria.
“Diante da inadimplência e esgotadas as tentativas de receber os valores devidos de forma amigável, a Vivere Press não encontrou alternativa senão buscar a tutela jurisdicional”, diz um trecho da ação, protocolada na terça-feira 1º.
A empresa afirma ter toda a documentação necessária para comprovar a contratação dos serviços e a concordância da campanha sobre a execução do projeto político e visual do ex-coach, à época pré-candidato a prefeito. Entre os elementos reunidos estariam conversas de WhatsApp.
Os advogados solicitam o pagamento do valor devido em até 15 dias, com a correção monetária. CartaCapital procurou a equipe de Pablo Marçal, mas não obteve resposta até a última atualização desta matéria. O espaço segue aberto.
De fato, a Vivere Press não consta da lista de despesas da candidatura de Marçal no sistema do Tribunal Superior Eleitoral. Ali, o gasto mais expressivo é com a Adyen do Brasil Instituição de Pagamento LTDA., com quatro pagamentos a totalizarem 500 mil reais sob a rubrica “despesa com impulsionamento de conteúdos”.
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