Política

‘Aécio não é de direita’, diz José Junior, do AfroReggae

Líder da ONG foi convidado para fazer programa de governo do candidato do PSDB à Presidência, mas admite que sempre votou em Lula e nos deputados do PSOL

Como parte das ações de campanha, José Junior levou Aécio Neves para conhecer a favela de Vigário Geral, no Rio de Janeiro
Apoie Siga-nos no

Um minuto depois de publicar em sua conta no Twitter uma mensagem de apoio ao candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, o fundador e coordenador do AfroReggae, José Junior, foi questionado por um dos seus seguidores: “Por que Aécio? Pode nos dizer?”. Perguntou com surpresa o internauta em resposta à publicação de Junior, que dizia: “Alguns dos empreendedores sociais mais premiados do Brasil estão com Aécio”. A postagem trazia uma foto do coordenador do AfroReggae e outros importantes fundadores de ONGs no Brasil que vão apoiar a campanha do tucano. Em resposta, Junior resumiu: “Porque é o melhor pro Brasil”.

Apesar de ser visto como uma pessoa de esquerda, como ele mesmo admite, José Junior aceitou o convite de Aécio para ser o responsável pela parte de seu programa de governo que diz respeito à juventude. As reações de surpresa diante dessa postura, segundo ele, são resultados de uma “mentira”. “A questão é a seguinte: existe uma mentira que inventaram sobre o Aécio ser de direita. O Aécio não é de direita, basta ver o governo de Minas Gerais, que não é de direita”, justifica.

A explicação para a parceria entre os dois, no entanto, não é ideológica, mas pessoal. A relação vem de 10 anos atrás. Em 2004, José Junior ganhou de Aécio, então governador de Minas Gerais, a chance de implantar um dos programas criados pelo AfroReggae no estado. O projeto chamava-se Juventude e Polícia e tinha o objetivo de reunir jovens de favelas, inclusive vítimas de violência policial, e policiais. José Junior dá grande valor à oportunidade dada por Aécio porque, naquela época, a ONG ainda não tinha conquistado o respeito que tem hoje. “Vale ressaltar que o AfroReggae há dez anos era visto como um grupo de bandidos, inclusive eu era visto como bandido”, diz.

De lá para cá, José Junior diz ter construído uma relação com o senador tucano. Isso não significa, afirma o ativista, que ele seja um eleitor do PSDB. “Nunca votei no PSDB na minha vida. Sempre votei no Lula”, diz, mesmo sabendo que a afirmação pode gerar desconforto na campanha. “Mas é verdade”, conclui depois de expor suas preferências políticas. “Em 2010, no primeiro turno, votei na Marina Silva. No segundo turno, votei na Dilma. No estado, eu votei para o Sérgio Cabral (PMDB) e meus deputados todos são do PSOL. Só voto no PSOL. Então, assim eu não tenho uma filiação partidária, eu voto em pessoas”, argumenta.

Além de preparar parte do programa de governo de Aécio Neves, José Junior também ficou responsável por reunir alguns fundadores de ONGs no Brasil para integrar o Fórum Diálogos para o Brasil. A ideia é parte de uma ação da campanha do candidato do PSDB para ouvir experiências exitosas de organizações do terceiro setor. Na inauguração da iniciativa, segunda-feira 28 em São Paulo, Junior acabou juntando, em sua maioria, eleitores do PT. “Olha só, historicamente falando, todo mundo aqui votou no Lula. Não tem um que não tenha votado no Lula, inclusive eu. Não tem um que não chorou, sabe, com as músicas de campanha do Lula. Eu me emocionei com todas elas. Tive o prazer de conhecer ele. Recebi prêmios da Dilma ano passado. Sabe, respeito. A questão é que meu candidato é o Aécio. Acredito no Aécio”, reforça.

A amizade e a confiança que José Junior tem em Aécio não apagam, no entanto, as diferenças entre o discurso dele e o do partido. Se por um lado José Junior é conhecido por tirar jovens do crime e integrá-los à sociedade, o PSDB tem lideranças que encabeçam propostas de redução da maioridade penal. “Eu convenci ele (Aécio). Ele vai mudar (de opinião). Eu acho que ele vai mudar. Ele não é a favor (da redução da maioridade penal)”, rebate Junior. O vice na chapa de Aécio Neves, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), é autor de uma Proposta de Emenda Constitucional que estabelece a redução da maioridade penal para jovens de 16 anos em casos de crimes hediondos. O coordenador do AfroReggae adianta que não vai incluir a proposta em seu programa.

“Quero marcar um papo com o Aloysio. Assim que acabar aqui vou levar o Aécio para o canto e falar: ‘Vamos marcar um papo com ele (Aloysio)?’ Para entender, para trocar uma ideia. Porque, assim, eu também sou mediador. Olha a bandeira, eles estão falando isso (redução da maioridade penal), mas o meu plano de governo é o contrário disso. Eles vão rasgar? Não sei. Acho que não, porque, senão, eles não me chamariam. Esse é o lado louco da história. Estão trazendo um cara que tira gente do crime. Porra, se eu criei uma agência que trabalha com isso e ele me chama, o mínimo que ele quer é isso. Se não, tem alguma coisa errada”, avisa.

Leia a íntegra da entrevista:

CartaCapital: Como se deu esse apoio para o Aécio e de onde vocês se conhecem?
José Junior: Conheço o Aécio há exatos dez anos, quando nós começamos um projeto, chamado Juventude e Polícia, lá em Minas Gerais. Vale ressaltar que o AfroReggae, dez anos atrás, era visto como um grupo de bandidos, inclusive eu era visto como bandido. A própria Secretaria de Segurança Pública do meu estado me via com certas ressalvas. Nós criamos um projeto no Rio que juntava jovens de favela, alguns que sofreram violência policial, com policiais militares, e aí acabou que não conseguimos implantar isso lá. O Rio de Janeiro não quis o projeto. Um dia lançando o meu livro Favela Para o Mundo e me perguntaram quais os projetos que o AfroReggae tinha para o futuro. Eu disse: “Tem um (projeto) para o presente que está parado”. Um subsecretário do estado ouviu, falou com o Aécio e aí começamos uma relação. Criamos várias coisas juntos. Até que neste ano ele chegou em mim. Ele já tinha feito alguns pedidos nessa área (juventude) para mim. Para falar a verdade, é a primeira vez na vida que eu boto a cara por um candidato. Tenho muitas amizades, com vários parlamentares, políticos. Só que, no momento atual, de uns três anos para cá, tem morrido muita gente. E eu, como ONG, estou batendo no teto. Não consigo fazer mais do que já faço. Ele me convidou, fiquei de pensar. Até que falei para ele que tinha alguns compromissos: frear esse genocídio de jovem negro da periferia brasileira. E ele disse: cara, me ajuda a frear essa história. Isso bateu bastante em mim. Eu lido muito com essa história. Foi música para os meus ouvidos. Então começamos a atuar nessa área. Sou coordenador de Juventude e quando ele chama um maluco que nem eu, ele quer o quê? Eu lido com jovens de favela, mas ao mesmo tempo tenho um olhar para o jovem branco de classe média, por exemplo. Estou pensando aqui em coisas legais relacionadas ao empreendedorismo e com as Startups. Estou até buscando umas histórias de Startups na Fiesp, de fóruns de empreendedores, que é uma galera de classe média, uma classe média branca, mas me interessa dialogar também. Não podemos pensar um plano de governo para a juventude do Brasil olhando só para o preto ou só em branco. Tem de pensar nessa mistura. O meu foco é o jovem negro de favela, mas não vou esquecer o jovem branco também. E outras coisas também. Essa liberdade que ele dá, ele é meu parceiro e sabe, por exemplo, que não tenho chefe. Não tenho de pedir autorização para nada. Às vezes, ele fala coisas que eu concordo, coisas que eu não concordo. A gente tem uma questão que é da maioridade penal, eu convenci ele. Ele vai mudar. Eu acho que ele vai mudar. Ele não é a favor. Não sou filiado. Não sou de nenhum partido. Nunca votei no PSDB na minha vida. Sempre votei no Lula. Primeiro turno na Marina Silva, segundo turno votei na Dilma. Estadual eu votei para o Sérgio Cabral e meus deputados todos são do PSOL. Só voto no PSOL. Então, assim eu não tenho uma filiação partidária, eu voto em pessoas. Se tiver um cara bacana do DEM, eu vou votar no DEM. Eu vou votar no Jean Wyllys por exemplo. Acredito no Jean Wyllys.

CC: Isso não é conflitante? Votar em pessoas que representam lados tão opostos e formas de pensar o Brasil tão diferentes?
JJ:
Eu não voto em partido, voto em pessoas. Sempre votei no Freixo. Quem está filmando a campanha do Freixo é a minha equipe. Eu confio em pessoas. Não me incomodaria de votar em qualquer pessoa, em qualquer partido. A questão é a seguinte: existe uma mentira que inventaram, de que o Aécio é de direita. O Aécio não é de direita, basta ver o governo de Minas Gerais, que não é de direita. Tem algumas coisas que eu tenho a liberdade de colocar no programa de governo para juventude que vocês vão ficar chocados.

CC: Por exemplo?
JJ:
O que o AfroReggae faz? Tira pessoas do crime. Porra, eu vou colocar isso. Vai ter esse foco. Uma coisa interessante. A gente vai fazer um encontro aqui em São Paulo que vai reunir jovens herdeiros de família rica com jovens de periferia. Isso é a cara do AfroReggae. O AfroReggae que faz essa ponte com via de mão dupla. Se você for no AfroReggae você vai ver misturado: ex-traficante, travesti… dentro da sede do AfroReggae. Trabalhando não é sendo atendido, não. Tudo funcionário. O AfroReggae tem esse lado. O que nós estamos trazendo para o plano de governo do Aécio é isso. Boa parte das pessoas que estão aqui, fui eu que convidei, junto com o Rodrigo Baggio, que é o coordenador de inclusão digital. Essas pessoas são premiadas no mundo inteiro. Eu tenho prêmios internacionais. A Vera Cordeiro é a empreendedora social mais premiada do mundo. A gente quer assim. O Aécio foi em Vigário Geral visitar, que é uma favela mundialmente conhecida. Ele vai visitar uma favela em São Paulo. Então assim, quando ele me chama não condiz com alguns discursos. E eu tenho autonomia de falar o que eu penso, como estou falando para você aqui e agora. Por exemplo, por que estou expondo que voto em pessoas do PSOL? Isso vai gerar uma polêmica, mas é verdade. Eu coloco isso no meu Facebook. Entendeu? Só que o Aécio é um cara diferente. Ele me convenceu, por exemplo, quando disse assim. “Cara, vê experiências, não importa da onde, que você acha legal”. Exemplo: existem experiências de trabalhos preventivos em relação ao consumo de crack que são de prefeituras, que prefiro não citar agora, mas que não são ligadas ao PSDB.

CC: Por exemplo, o Braços Abertos (programa de auxílio ao usuário de crack do prefeito do PT em São Paulo, Fernando Haddad)?
JJ:
Entendi. Você que está dizendo, mas, por exemplo, se ele (Aécio Neves) isso tem de virar política pública do governo federal. Isso é um orientação dele. Ele fala: “Cara, se você viu uma coisa bacana, não importa da onde, traz pra cá. Não temos de inventar roda nenhuma”. Entendeu?

CC: Eu sei que você já levantou essa questão. Mas isso de redução da maioridade penal é quase uma bandeira do PSDB. É um projeto que já foi encabeçado pelo governador de São Paulo Geraldo Alckmin, agora é um projeto do vice do Aécio, o senador Aloysio Nunes. Você convenceu ele a abandonar essa ideia?
JJ: Não sei se eu consegui convencer. Ele está pensando agora. O que foi dito para ele em Vigário Geral e hoje, de novo, é que existe um genocídio de jovens, negros, pobres, favela, mestiços no Brasil… Esse tal 1% que eles alegam eu falei pra ele é mais 1% fazendo MBA no crime, não importa que é um quantitativo menor. O que eles alegam, o que Aloysio fala, não é para todos. Desse problema todo, de crime hediondo, aí cita alguns exemplos, dá 1%. Sim, tudo bem, ele vai ficar lá mais três anos. Mas tem de ficar lá, estudando, fazendo curso. Tem de ser outro tipo de percepção, entendeu? Então, assim, o que é mais incrível é essa descentralização do Aécio. Ele tem uma pessoa, que é totalmente contra (redução da maioridade penal), isso é inegociável.

CC: É, então. Por que se você trabalha para tirar pessoas do crime e o partido encampa a bandeira de prender os menores de idade…
JJ: Eu não sou do PSDB. se fosse do PSDB, talvez agora eu ficasse um pouco constrangido. Ia te falar assim: “Não é bem assim”, mas não estou defendendo a tese deles, eu não concordo. Sou independente, sou autônomo. Estou aqui fazendo uma coisa para um amigo em quem acredito. Eu voto no Aécio. Isso é importante. Estou fazendo campanha para o Aécio. Você não vai me ver na foto com nenhum candidato que não seja o Aécio. Se você falar do Freixo, sim, você vai me ver com ele. Com o Jean (Wyllys) também. Com o Pezão, no Rio, você vai me ver. Com o Skaf, que é um cara que eu gosto e trabalho junto, talvez você me veja. Entendeu? Mas eu não tenho essa obrigatoriedade. Até quero marcar um papo com o Aloysio. Assim que acabar aqui, vou levar o Aécio para o canto e falar: “Vamos marcar um papo com ele (Aloysio)?” Para entender, para trocar uma ideia. Porque, assim, eu também sou mediador. Olha a bandeira, eles estão falando isso (redução da maioridade penal), mas o meu plano de governo é o contrário disso. Eles vão rasgar? Não sei. Acho que não, porque senão, eles não me chamariam. Esse é o lado louco da história. Estão trazendo um cara que tira gente do crime. Porra, se eu criei uma agência que trabalha com isso e ele me chama, o mínimo que ele quer é isso. Se não tem alguma coisa errada.

CC: E no Rio de Janeiro, as pessoas não estranham o seu apoio para Aécio. Não perguntam algo do tipo: “O que você está fazendo com Aécio?”
JJ: Primeiro, ninguém está falando isso. Olha só, historicamente falando todo mundo aqui votou no Lula. Não tem um que não tenha votado no Lula. Aqui, nesta mesa, não tem um que não votou no Lula, inclusive eu. Não tem um que não chorou, sabe, com as músicas de campanha do Lula. Eu me emocionei com todas elas. Tive o prazer de conhecer ele. Viajei com Lula antes de ele ser presidente. É um cara bacanérrimo, tive uma relação maravilhosa, me dou bem. Recebi prêmios da Dilma ano passado, sabe? Eu o respeito. A questão é meu candidato ser o Aécio. Acredito no Aécio. Todos nós aqui, abre aspas, somos vistos como pessoas de esquerda. Só que o Aécio é um cara diferente. Uma coisa que eu acho que ele está certo é quando ele assume o Fernando Henrique Cardoso, ele tá vindo, talvez certas discussões não tenham sido colocados. Todo mundo conhece o Fernando Henrique, se o Áecio ganhar, muito coisa que ele (FHC) vem colocando acho que é possível acontecer. Você está entendendo o que eu estou te falando? Oficialmente, eu não posso falar isso, mas a influência do Fernando Henrique vai ser enorme. A influência de alguns setores vai ser muito grande. Como é que ele traz esse grupo “premium” de empreendedores sociais, que tem uma visão contra a redução da maioridade penal, e ele dá empoderamento para esse fórum, como é que vai ser isso? Algumas coisas vão ser muito discutidas, mas a decisão final é dele. Uma coisa eu te digo: no meu plano de governo, juventude vai ter. Eu sou contra. Mas aí você fala assim: “Pô, Junior, tu falou, mas ele não mudou o discurso”. Mas eu te mando por e-mail o que é o programa e o que está acontecendo.

CC: Se ele mudar (o plano de governo)?
JJ: Aí é com ele, não é comigo. Meu papel eu fiz. Tenho um compromisso com ele porque acredito nele. Acho que é um cara diferenciado. É um cara novo, jovem. Acho que essa alternância de poder é boa para o País. Recebi, recentemente, o Eduardo Campos e a Marina Silva. Em 2010 recebi a Marina. Até brinquei com ela, dizendo: “Marina, o AfroReggae te dá sorte”. Ela teve uma votação expressiva no Rio de Janeiro.

CC: Então, o que te fez mudar o voto da Marina em 2010 para o Aécio neste ano foi o próprio Aécio ou fato de ela agora estar com o Campos?
JJ: Se a Marina viesse candidata a presidente, eu ia votar no Aécio. Eu estou com o Aécio há dez anos. Tenho um compromisso com o Aécio há dez anos. Eu era visto como bandido. No ano passado, o AfroReggae foi atacado e o Aécio foi o primeiro a subir no Congresso para nos defender. Tenho uma história com o Aécio muito grande. De novo, não tenho história com o PSDB, eu não estou falando mal, me relaciono muito bem com pessoas do PSDB, com o Otávio Leita, com o Fernando Henrique Cardoso. A música de abertura do filme dele (FHC), Quebrando Tabu, do David Byrne foi gravada em parte em Nova York e em parte no AfroReggae, em Vigário Geral. Uma relação maravilhosa. Mas a questão é esta: vamos fazer esse plano de governo, e tenho até 15 de agosto. Estou tendo muita colaboração, estou conversando com juízes da Infância e da Juventude, ex-criminosos, policiais. Estou conversando com todo mundo. Branco, preto, judeu, viado, travesti. Todo mundo que é jovem eu estou conversando. Quero entender um pouco dessa dicotomia de cada um. Por mais que eu seja visto como o cara do AfroReggae, isso é uma via de mão dupla, e eu tenho de trazer isso. Por que ninguém vê os problemas relacionados à juventude indígena? Não dá voto. E eu falei para o Aécio. Não tenho obrigação de fazer coisas que deem voto. “Esquece isso de dar voto. Faz o que você acha certo.” Ele me deu carta branca. Quero ouvir o garoto da Fundação Casa. Já converso, só que converso como AfroReggae, agora eu quero saber se tem alguma sugestão. Essa coisa de pegar uma nave espacial com um monte de gente que sabe pra cacete e dizer para vocês que é isso que tem de ser, da nossa parte não vai ser. Entendeu? Tem uma mudança, você vai perceber pelas pessoas que estão aqui. Essas pessoas jamais teriam metido a cara se não fosse pelo Aécio. A história é o Aécio. Ele tem um trunfo na mão, que é ele mesmo.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo