Política
Advogado diz que pedirá prisão domiciliar para Zambelli por razões de saúde
A deputada afirmou que não teria condições de cumprir a pena por considerar que o sistema penitenciário brasileiro não cuidaria dela da forma correta


O advogado Daniel Bialski, que representa a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), afirmou nesta sexta-feira 16 que pedirá ao Supremo Tribunal Federal prisão domiciliar para sua cliente. Por unanimidade, ela foi condenada a 10 anos de detenção pela Primeira Turma da Corte no caso da invasão a sistemas do Conselho Nacional de Justiça.
Nesta quinta-feira, Zambelli apelou à Câmara para reverter a sentença e disse que não teria condições de cumprir a pena por considerar que o sistema penitenciário brasileiro não cuidaria dela da forma correta. Disse também sofrer de depressão, síndrome da taquicardia postural ortostática, que provoca tontura e aumento da frequência cardíaca ao levantar, e síndrome de Ehlers-Danlos.
Em entrevista à GloboNews, Bialski afirmou que aguardará os relatórios médicos para pedir a domiciliar ao Supremo. “Vou requerer, que, diante da condição de saúde e da necessidade de um tratamento adequado, seja possibilitado — como em outros casos — que ela cumpra essa pena em prisão domiciliar. Porque, efetivamente, não é alguém que represente risco.”
O defensor também negou qualquer envolvimento de Zambelli com o esquema investigado e prometeu contestar a condenação. A deputada foi condenada também à perda de mandato por falsidade ideológica.
Ela foi acusada de ser a mentora intelectual de um ataque cibernético a dispositivos informáticos do CNJ em parceria com o hacker Walter Delgatti Netto, sentenciado a oito anos de prisão. Uma das ações da dupla seria a inserção, no Banco Nacional de Mandados de Prisão, de um falso mandado contra o ministro Alexandre de Moraes.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

STF forma maioria para impedir candidatura de políticos que não prestarem contas de campanha
Por CartaCapital
Advogados deixam a defesa da CBF no STF após a queda de Ednaldo
Por CartaCapital