Política

Acorrentado, integrante de movimento pela população de rua protesta contra extinção do ‘Cozinha Cidadã’ em SP

A gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) decidiu finalizar o programa criado para atender populações vulneráveis na pandemia

Acorrentado, integrante de movimento pela população de rua protesta contra extinção do ‘Cozinha Cidadã’ em SP
Acorrentado, integrante de movimento pela população de rua protesta contra extinção do ‘Cozinha Cidadã’ em SP
Créditos: Reprodução Redes Sociais Créditos: Reprodução Redes Sociais
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O presidente do Movimento Estadual da População de Rua de SP, Robson Mendonça, se acorrentou aos portões da Câmara Municipal de São Paulo, nesta segunda-feira 20, em protesto contra o fim do programa municipal Cozinha Cidadã, responsável pela entrega de refeições para 10 mil pessoas na cidade.

O programa foi lançado em abril de 2020 para ajudar famílias em insegurança alimentar no contexto da pandemia da Covid-19. Há poucas semanas, contudo, a Prefeitura de São Paulo decidiu encerrá-lo. O encerramento da iniciativa é alvo de judicialização por parte da Defensoria Pública do Estado de São Paulo e o Ministério Público que entraram na Justiça no último dia 16 para pedir esclarecimentos à gestão de Ricardo Nunes (MDB).

Em nota, a gestão municipal informou que está direcionando as pessoas atendidas para o programa de gratuidade do Bom Prato e que vai manter três pontos de distribuição de marmita.

A vereadora Erika Hilton também protocolou uma representação no Ministério Público contra o fim do programa. Na peça, a parlamentar questiona o encerramento da iniciativa criada emergencialmente, destinada a durar ao longo de toda a pandemia, e ressalta que o cenário ‘não se alterou’.

A parlamentar ainda afirma não haver outro programa ou proposta anunciada pela Prefeitura capaz de suprir a demanda existente de insegurança alimentar da população em situação de rua e/ou em situação de vulnerabilidade social. Sobre a alternativa pelo ‘Bom Prato’, a vereadora questiona: “a Prefeitura de São Paulo não apresentou qualquer estudo ou diagnóstico sobre o tema, somado ao fato de que está vinculado a solução da demanda a um programa que sequer é de sua administração”.

Na peça, Hilton ainda coloca que além de ajudar diretamente as populações mais vulneráveis, o programa estimula o funcionamento de comércios pequenos, ao comprar refeições desses locais a R$ 10 distribuindo-as gratuitamente às pessoas.

Sobre o protesto desta segunda, Mendonça busca ser ouvido pelo presidente da Câmara Municipal de São Paulo, o vereador Milton Leite (DEM). Em nota, a assessoria da Câmara disse que o presidente agendou uma conversa para esta segunda com Robson Mendonça e a vereadora Erika Hilton.

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