Mundo
Acordo de paz na Ucrânia e COP30: os detalhes da conversa entre Lula e Macron
Presidentes do Brasil e da França concordaram sobre a necessidade de que as tratativas para um acordo de paz precisam envolver ambas as nações


O presidente Lula (PT) conversou por telefone com o presidente da França, Emmanuel Macron nesta terça-feira 18. Entre os temas tratados, os líderes de Estado debateram o que é necessário para o avanço do acordo para o fim da guerra entre a Rússia e Ucrânia.
Segundo Macron, ambos os presidentes compartilham a “convicção de que a paz na Ucrânia só será possível por meio de negociações que reúnam Rússia e Ucrânia à mesma mesa”, com a mobilização da comunidade internacional. A disputa de poder entre ambos os países ocorre desde fevereiro de 2022, quando Vladimir Putin anunciou ‘ações militares especiais’ em território ucraniano, desde então, diferentes cúpulas internacionais discutem o fim da guerra, ora ouvindo ambos os lados, ora reunindo-se apenas com um dos líderes.
A conversa entre Lula e Macron sobre o conflito ocorre na mesma semana em que os Estados Unidos junto a Rússia anunciarem que formarão equipes para negociar o fim do conflito, mas sem envolver Volodymyr Zelensky – atitude que gerou críticas por parte do líder ucraniano.
Nesta terça-feira, a Rússia reconheceu o direito da Ucrânia entrar na União Europeia, mas se manteve firme no posicionamento de impedir que o país integre a Otan. Segundo a agência de notícias Reuters, líderes dos países europeus se reunirão na quarta-feira 19 para discutir os termos do acordo de paz.
Macron também demonstrou apoio à realização da COP30 em Belém, afirmando que trabalhará junto ao governo brasileiro para assegurar que a cúpula seja um sucesso e centre em iniciativas em prol do clima, da biodiversidade e em defesa da democracia. No pronunciamento na rede X, o líder francês também destacou que receberá o presidente Lula na França ainda em junho deste ano.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.