Política
‘Acho que vai ter prorrogação’, diz Bolsonaro sobre auxílio emergencial
Presidente diz que estuda ‘linha de corte’ para o número de beneficiários
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que “acha” que vai haver prorrogação no auxílio emergencial, mas não informou detalhes, como valor do benefício e datas. Os pagamentos foram encerrados em dezembro de 2020 e, desde então, o governo não informou se haveria novas parcelas.
“Eu acho que vai ter uma prorrogação. Foram cinco meses de 600 reais e quatro meses de 300. O endividamento chegou à casa dos 300 bilhões de reais. A gente tem um custo. O ideal é a economia voltar ao normal”, disse o presidente em entrevista ao programa Brasil Urgente, da Band, nesta segunda-feira 8.
Bolsonaro voltou a criticar a política de isolamento social em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, porque, segundo ele, impede as pessoas de trabalhar.
“Não adianta vir com conversinha de que eu sou insensível. Ah, o cara é insensível, é genocida. Isso é conversa para quem não quer achar a solução do problema”, disse.
O presidente argumentou que, “sem responsabilidade”, a oferta do auxílio emergencial aumenta a “desconfiança do mercado”, o que resultaria na alta do dólar e no preço dos combustíveis.
Segundo ele, está sendo estudada uma “linha de corte” para os beneficiários. Em 2020, pelo menos 67,8 milhões de pessoas receberam o auxílio emergencial, o que totalizou 262,8 bilhões de reais em gastos ao governo, segundo o Ministério da Cidadania.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), informou que discute com o Senado e o Executivo a construção de um auxílio “viável”, desde que respeite o teto de gastos, imposto ao orçamento público desde o governo de Michel Temer (MDB). Em mensagem no Twitter, Lira afirmou que “está cada vez mais claro que a porta de saída da pandemia é acelerar a vacinação”.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.