Política

Após Fukushima, empresas são processadas por não garantir segurança nuclear

Quase 4.000 pessoas de 32 países processam as empresas General Electric, Toshiba e Hitachi alegando que as empresas não melhoraram a segurança das instalações nucleares

Após Fukushima, empresas são processadas por não garantir segurança nuclear
Após Fukushima, empresas são processadas por não garantir segurança nuclear
Procurador-chefe de demanda contra GE, Toshiba e Hitachi, Akihiro Shima, em coletiva de imprensa em Tóquio
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Tóquio (AFP) – Quase 4.000 pessoas de 32 países apresentaram uma ação coletiva contra as empresas General Electric, Toshiba e Hitachi por suposto envolvimento na catástrofe nuclear de Fukushima há três anos. De acordo com a demanda, as três empresas não melhoraram como deveriam a segurança das instalações nucleares, gravemente afetadas pelo terremoto e tsunami de 11 de março de 2011.

Os demandantes são de países como Japão, Estados Unidos, Alemanha ou Coreia do Sul, anunciou em Tóquio o principal advogado do grupo.

“Esta ação pretende chamar a atenção sobre os sistemas de proteção da indústria nuclear em todo o mundo”, afirma um comunicado do grupo, que reclama simbolicamente 100 ienes (um dólar) por denunciante.

Procurada pela AFP, a General Electric do Japão afirmou que a central nuclear, na qual a empresa participou da concepção, “havia funcionado de forma segura durante mais de 40 anos”.

Toshiba e Hitachi não fizeram comentários.

Os japoneses recordaram na terça-feira 11 as vítimas do terremoto, tsunami e acidente nuclear de 11 de março de 2011, que deixaram quase 20.000 mortos e desaparecidos e devastaram o nordeste do país.

Oficialmente nenhum óbito foi provocado como consequência das emissões radioativas da central.

Quase 15.000 pessoas que tiveram as casas e fazendas afetadas pela radiação apresentaram uma ação judicial em 2012 contra o governo nipônico e a direção da Tokyo Electric Power (TEPCO), a operadora da central.

Mas em setembro do ano passado os juízes não aceitaram a denúncia por negligência, argumentando que ninguém seria capaz de prever um terremoto e tsunami de tal magnitude. Também consideraram que não aconteceram falhas na resposta imediatamente posterior ao acidente.

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