Política
A versão de Michelle Bolsonaro sobre as acusações feitas por ex-funcionários do Alvorada
A ex-primeira-dama pode responder por apropriação indébita e corrupção
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foi às redes sociais negar as suspeitas de ter ligação com transações financeiras incomuns durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com o portal Metrópoles, que entrevistou ex-funcionários do Palácio do Alvorada, trabalhadores do local levavam à Michelle pacotes enviados por Rosimary Cardoso Cordeiro, assessora do senador Roberto Rocha (PTB-MA).
“Como Deus é bom e não nos deixa enganados de absolutamente nada. Temos todos os áudios do ex-funcionário que insinuava que eu estava recebendo ‘propina’ de minha amiga na matéria publicada no dia de hoje”, escreveu a ex-primeira-dama no Instagram na sexta-feira 3. “Ele sabe muito bem que ele ia deixar roupas, acessórios que eu emprestava para ela, e a última vez, ele trouxe um pijama de presente de Natal.”
Como mostrou CartaCapital, Michelle pode responder na Justiça pelos crimes de corrupção, apropriação indébita e improbidade administrativa. O senador Humberto Costa (PT-PE) anunciou que vai protocolar pedidos de investigação contra a ex-primeira-dama.
“Vou socilitar ao Ministério Público Federal e a Polícia Federal que apurem os possíveis crimes de apropriação indébita, corrupção e atos de improbidade administrativa cometidos pela ex-primeira-dama”, escreveu Costa em uma rede social. “Vamos acionar também o MPT para apuração de responsabilidades em virtude dos maus tratos aos funcionários terceirizados que prestavam serviços no Palácio da Alvorada e vamos pedir ao CGU que apure as responsabilidades funcionais e administrativas dos servidores envolvidos”.
Segundo a reportagem do Metrópoles, antes da família Bolsonaro deixar o Alvorada, um grupo restrito de funcionários ligados à administração fez a limpa na despensa, levando peças de picanha, filé mignon, fardos de camarão e bacalhau.
Há, ainda, a suspeita de que houve ordem para funcionários catarem as moedas que são jogadas por visitantes do local no espelho d’água.
“Além disso, vou solicitar ao TCU a apuração de dano ao patrimônio público e de desvios de recursos públicos”, acrescentou Costa.
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