Política

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A Semana: Vergonha alheia

Moro cada vez mais alijado do processo

Ele espera a cavalaria - Imagem: Saulo Rolim/Podemos 19
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O ex-juiz Sergio Moro é mais simplório do que se pensa. Sua última cartada para permanecer no jogo eleitoral foi o anúncio de um movimento “popular” contra os caciques partidários do União Brasil que barram suas ambições. Infelizmente para ­Moro, faltam populares dispostos a defender sua candidatura e a celebração da mídia não tem mais o mesmo efeito. Sem uma legenda que banque sua campanha à Presidência ou mesmo ao Senado, reduzido à alternativa cruel de disputar uma vaga de deputado federal por São Paulo, estado em que nunca morou, o ex-magistrado viu-se obrigado a admitir na segunda-feira 25: “Pode ser que eu não seja candidato a nada”. O fracasso, no entanto, subiu-lhe à cabeça. Com o traquejo e a argúcia peculiares, Moro afirmou que vai trabalhar para “romper a polarização” (?) e fortalecer o “centro democrático” (???). Ninguém lhe disse, mas, aparentemente, a terceira via, cheia de problemas, dispensa outro estorvo. A aliança entre UB, MDB e PSDB parece ter no ex-governador paulista João Doria um entrave. Um jantar que seria oferecido na segunda 25 pelo ­pré-candidato tucano à senadora emedebista Simone Tebet e ao presidente do UB, ­Luciano Bivar, foi desmarcado na última hora e causou embaraço. Tebet e Bivar, segundo fontes, decidiram não dar protagonismo a Doria na condução dos debates.

Bíblia e bala

Bolsonaristas e armas de fogo: a perigosa combinação por pouco não provocou uma morte no aeroporto de Brasília na segunda-feira 25, quando o ministro da Educação, Milton Ribeiro, disparou acidentalmente sua pistola e atingiu com estilhaços uma funcionária da Latam. Em depoimento à PF, Ribeiro, que infringiu várias regras, contou que tentava desacoplar a arma de seu carregador antes de despachá-la no balcão, quando ocorreu o disparo. Ele manuseava a pistola dentro da pasta para não chamar atenção.

Assédio/ Corda no pescoço

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