Política

A semana decisiva de Lula em Brasília na composição dos ministérios

O presidente eleito desembarca na capital federal com nós a desatar na composição ministerial do novo governo

Créditos: CARLOS COSTA / AFP
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retorna a Brasília nesta segunda-feira 26 com o objetivo de desatar os nós em torno do espaço que MDB, PSD e o União Brasil terão no novo governo.

A seis dias da posse, a equipe de Lula ainda precisa rever o esquema de segurança da cerimônia, principalmente após a tentativa de um ataque terrorista no Aeroporto da capital federal.

A expectativa é que o petista anuncie os 16 nomes restantes na composição da Esplanada dos Ministérios até a quarta-feira 28. Até o momento, 21 das 37 pastas já têm seus titulares confirmados.

Um dos entraves está relacionado ao espaço que a senadora Simone Tebet (MDB) terá no novo governo.

Em Brasília, o presidente eleito deve voltar a se reunir com Tebet. Ambos conversaram por duas vezes na sexta-feira 23 para discutir a o papel da emedebista no novo governo. No encontro, segundo apurou CartaCapital, Lula ofereceu o ministério do Planejamento e do Meio Ambiente à parlamentar.

Os dois chegaram a viajar juntos a São Paulo no mesmo dia. No voo, o petista insistiu para que Tebet aceitasse assumir o ministério do Planejamento, a ser criado a partir do desmembramento do Ministério da Economia. Fontes próximas à senadora, no entanto, dizem que ela resiste à ideia de compor o time econômico do novo governo.

Lula ainda deve se reunir com o senador Davi Alcolumbre (União-AP) e com lideranças do PSD para fechar a composição ministerial. A legenda de Alcolumbre pleiteia o ministério das Cidades, apesar de o presidente ter oferecido a pasta da Integração Nacional.

Em outra frente, a equipe do petista ainda precisa rever o esquema de segurança da posse presidencial. A informação foi dada pelo futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), após a polícia prender um empresário bolsonarista suspeito de tentar explodir um caminhão de combustível em Brasília.

Dino, no entanto, não disse quais os pontos serão reavaliados. “Estamos diante de fatos novos que ensejam o reforço da segurança, não no sentido de impedir qualquer dos eventos da posse, muito pelo contrário”, afirmou o futuro ministro à GloboNews.

“Nós reafirmamos que a posse vai ocorrer com ampla participação popular tanto na Esplanada, quanto na parte cultural, porém estamos diante de terroristas que devem receber o tratamento que a lei manda e ao mesmo tempo essas medidas protetivas”, completou.

Em depoimento à polícia, o empresário George Washington de Oliveira Sousa disse que planejava ‘impor estado de sítio’ no País com a explosão de um caminhão de combustível próximo ao aeroporto de Brasília. A tentativa foi frustrada após falha técnica do detonador do explosivo e ação policial para desarmar a bomba.

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