Política
A resposta de Gleisi à proposta do STF de conciliação com Gustavo Gayer
A defesa da ministra citou a ‘natureza grave das ofensas’ do deputado bolsonarista


A defesa da ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, se manifestou nesta segunda-feira 5 no Supremo Tribunal Federal contra a proposta de realização de uma audiência de conciliação com o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO).
Gleisi é a autora de uma queixa-crime contra o bolsonarista após uma série de ofensas do parlamentar em março deste ano. Gayer usou suas redes sociais para perguntar ao líder da bancada petista na Casa, Lindbergh Farias (RJ), se ele aceita que Lula “ofereça” Gleisi, sua namorada, aos presidentes do Senado e da Câmara.
Segundo o documento, Gleisi se opõe à audiência devido à “natureza grave das ofensas, pelo caráter ultrajante e ofensivo da proposta de conciliação”. Ainda conforme a defesa, Gayer possui um “modus operandi amplamente conhecido por proferir ofensas pessoais contra adversários políticos”.
Na sua queixa-crime, Gleisi pede que o bolsonarista seja condenado por difamação e injúria e pague uma reparação de 30 mil reais por danos morais. O relator do caso é o ministro Luiz Fux, que pode decidir individualmente ou submeter o tema ao plenário.
Além de Gleisi, Lindbergh entrou com duas ações na Justiça contra o deputado, uma no STF e outra na Procuradoria-Geral da República. O PT, por sua vez, acionou o Conselho de Ética da Câmara para pedir a cassação de Gayer.
A defesa de Gayer também foi questionada pelo ministro Luiz Fux, relator da ação, sobre a possibilidade da audiência, mas ainda não se manifestou no processo.
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