Política
A projeção do relator sobre a votação do PL Antifacção no Senado
Alessandro Vieira (MDB-SE) se reuniu com ministros para discutir o texto
O senador Alessandro Vieira (MDB-SE), relator do PL Antifacção, estima que a votação do texto na Comissão de Constituição e Justiça e no plenário ocorrerá na próxima quarta-feira 3.
Mais cedo, ele se reuniu com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e do Planejamento, Simone Tebet (MDB), para discutir pontos do texto. Na terça-feira, o encontro foi com a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT). “Estou conversando com todos os atores relevantes para a construção do relatório”, disse o senador a CartaCapital.
Apesar de ser o autor da proposta, o governo orientou voto contra o substitutivo da Câmara, elaborado por Guilherme Derrite (PP-SP). O Palácio do Planalto avaliou que as modificações enfraquecem o combate ao crime organizado, criam insegurança jurídica e reduzem a capacidade operacional da Polícia Federal e da Receita Federal.
Com a tramitação no Senado, integrantes do Ministério da Justiça e da articulação política do governo esperam reconstruir trechos fundamentais da versão inicial. As principais alterações envolvem a definição de organizações criminosas, as regras de repartição de bens e os mecanismos de investigação.
Logo após ser anunciado como relator, Vieira sinalizou que faria uma revisão integral do texto, com ajustes de constitucionalidade e recomposição de mecanismos de financiamento da PF. Além disso, deve promover uma audiência pública para ouvir instituições.
Caso o Senado altere o texto, a matéria terá de voltar à Câmara para uma nova votação.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também
Motta acusa Haddad de divulgar ‘narrativa falsa’ sobre o PL Antifacção
Por CartaCapital
Fux vai relatar ação contra PEC que facilita a privatização da companhia de água de Minas
Por CartaCapital



