Política
A nova pesquisa Quaest sobre a aprovação do governo Lula e as eleições de 2026
Os resultados do levantamento devem ser publicados a partir de quarta-feira 8
A Quaest vai divulgar, na quarta-feira 8, uma nova pesquisa de avaliação do governo Lula (PT). O mesmo levantamento medirá a opinião dos eleitores sobre o que Lula deve fazer na relação com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O levantamento, realizado presencialmente com 2 mil pessoas em todo o Brasil, entre os dias 2 e 5 de outubro, é o primeiro feito depois do encontro entre Lula e Trump na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Na ocasião, o republicano afirmou que teria rolado uma química com o petista.
A pesquisa não mede, porém, o impacto da ligação de Trump para Lula, ocorrida na segunda-feira 6. A chamada de vídeo deu início a uma negociação que pode encerrar ou amenizar o tarifaço contra produtos brasileiros.
O levantamento feito pela Quaest ao longo da última semana também será a primeira realizada após a aprovação, pela Câmara dos Deputados, do projeto do governo que isenta de imposto de renda quem ganha até 5 mil. A medida é uma das principais promessas da campanha de Lula em 2022.
Relembre os resultados
No último levantamento da Quaest, realizado em 17 de setembro, o governo era desaprovado por 51% dos brasileiros e aprovado por 46%, um cenário de estabilidade em relação à pesquisa realizada em agosto quando houve uma melhora na aprovação – que passou de 43% para 46% e uma oscilação negativa na desaprovação (de 53% para 51%). À época, os índices foram puxados pela resposta brasileira ao tarifaço e já tinham variado positivamente para o petista um mês antes.
Nova pesquisa sobre 2026
Na quinta-feira 9, será a vez da Quaest divulgar uma nova pesquisa sobre a disputa eleitoral de 2026. No último levantamento, também datado de setembro, o presidente Lula (PT) liderava todas as disputas de primeiro e de segundo turno.
Em primeiro turno, o petista aparecia à frente de seus principais adversários da extrema direita: o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), inelegível; a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL); e o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ciro Gomes (PDT) e quatro governadores da direita fechavam a lista das candidaturas ao Planalto testadas pela pesquisa naquela ocasião.
Lula também obteve vantagem significativa em nove possíveis cenários de segundo turno. A disputa mais apertada, segundo indicaram os resultados, seria com Ciro Gomes, com uma vantagem do petista de sete pontos percentuais. A maior distância, por sua vez, apareceu em um eventual segundo turno de Lula contra Eduardo Leite (PSD). O governador do Rio Grande do Sul perderia a eleição por quase 20 pontos de diferença.
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