Política

‘A minha função é distrair o gado’, diz Janones sobre papel na campanha de Lula

Em entrevista a CartaCapital, o deputado disse que Lula não deve cumprir papel agressivo, mas precisa rebater Bolsonaro sobre a corrupção

O deputado federal André Janones (Avante-MG). Foto: Reprodução
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O deputado federal André Janones (Avante-MG) disse que seu papel na campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é “distrair o gado”, ao comentar a ofensiva contra aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) nos últimos dias. Para o parlamentar, porém, Lula não deveria agir de forma mais agressiva em debates.

Em entrevista ao programa Direto da Redação, no canal de CartaCapital no YouTube, Janones descreveu a campanha de Lula como um “time” e disse que cada um deve executar a sua tarefa.

“Eu discordo da análise de que o Lula deveria mudar o tom nos debates. Acho que a gente tem que ser o que a gente é”, declarou, nesta quarta-feira 31. “Eu avalio que o presidente Lula tem ido muito bem. E nós somos um time. E se a gente é um time, cada um tem a sua função. A minha função atual é distrair a boiada. É isso que estou fazendo: distrair o gado.

A afirmação ocorre após algumas avaliações darem conta de que o petista teria faltado com boas respostas a Bolsonaro no debate de 28 de agosto, na TV Band.

Para Janones, Lula deve continuar a fazer campanha como “estadista” e “um líder mundial”. Ao mesmo tempo, o deputado defende a entrada do ex-presidente no debate sobre corrupção, no qual foi confrontado por Bolsonaro logo no início do debate de domingo.

“Cada um tem a sua opinião. Tem pessoas na campanha e no partido que pensam diferente. Eu entendo que em alguns debates é bom você entrar, em outros não. (…) Eu acho que um dos debates em que o presidente Lula deve entrar é o debate anticorrupção. Minha visão é totalmente ao contrário: esse é o calcanhar de Aquiles de Bolsonaro.”

Na sequência, Janones citou mecanismos de combate à corrupção estabelecidos durante o governo Lula e destacou escândalos que envolvem Bolsonaro, como as rachadinhas e a compra de patrimônio com dinheiro vivo.

A entrevista está disponível na íntegra no canal de CartaCapital no YouTube.

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