A história da militante pró-Bolsonaro e o cartaz que causou espanto na web

Como alguns poucos suspeitaram, tratava-se de uma piada

Apoie Siga-nos no

Avenida Paulista, dia 26 de maio, dia de protestos pró-Bolsonaro. Debaixo de um bandeirão verde e amarelo, uma jovem loira carrega um cartaz com um pedido inusitado até para os padrões bolsonaristas: chega de universidades! Armas sim, bolsas não.

 

A imagem foi compartilhada milhares de vezes nas redes sociais, acompanhada de interjeições e reações de espanto.


Como alguns poucos suspeitaram, tratava-se de uma piada. A mulher da foto, na verdade, é militante de esquerda e estava infiltrada na manifestação. A youtuber Mariana Motta levou várias placas cujos dizeres iam de ‘Não quero me aposentar’ até ‘Brasil e EUA acima de tudo’ e ‘Não à ditadura gayzista, chega de heterofobia’. Segundo ela, os cartazes foram baseados em comentários que ela recebe na internet.

O objetivo, diz, era descobrir se os cartazes causariam espanto entre os manifestantes. Não foi o caso. “As pessoas aplaudiram os cartazes que eu trouxe”, relatou.

Milhares de apoiadores de Jair Bolsonaro (PSL) foram às ruas de ao menos 154 cidades distribuídas nos 26 estados e no Distrito Federal para defender o presidente. Os atos foram estimulados pelo ex-capitão e por aliados em um momento no qual o governo patina em emplacar sua agenda no Congresso.

Em pauta, ataques ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acusado de atuar contra os interesses do governo. Cartazes em diversas cidades se referiram ao deputado como “idiota”, não brasileiro (ele nasceu no Chile) e traziam até ameaças de impeachment. Houve também hostilidades contra o STF e o Congresso.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.