Política
A esfinge de Maricá
Vice-presidente do PT, Washington Quaquá coleciona gafes e controvérsias, mas é peça-chave na política fluminense
Para alguns colegas de partido, ele é o maior símbolo de um exitoso modo de governar “à esquerda”, com a aplicação de programas de inclusão social, distribuição de renda e desenvolvimento científico e tecnológico. Para outros, é uma chaga a sangrar o PT, um político populista e excessivamente pragmático, que investe na construção de alianças locais com personagens que causam arrepios em parte dos petistas. Exageros costumam fazer parte das discussões sobre quem é o deputado federal e vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá, ex-prefeito de Maricá. Aos 53 anos, o ex-militante secundarista, que já foi próximo à Convergência Socialista (atual PSTU) e destaque do grupo do então deputado petista Vladimir Palmeira, é hoje um dos personagens mais influentes da política fluminense. Entre apoiadores e críticos, uma certeza: Quaquá parece adorar uma controvérsia.
Um desses gestos foi o tapa dado no rosto do deputado bolsonarista Messias Donato, do Republicanos, após o “colega” ter puxado o braço do petista no plenário da Câmara. O tumulto, na presença do presidente Lula, durante a sessão de promulgação da Reforma Tributária em dezembro, levou Quaquá de volta às manchetes esta semana, após o ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal, determinar a abertura de inquérito para apurar a agressão. Quaquá ganhou os holofotes também ao anunciar a contratação do carnavalesco Leandro Vieira, campeão do carnaval carioca de 2024 pela Imperatriz Leopoldinense. No ano que vem, Vieira fará o carnaval da União de Maricá, escola de samba criada pelo deputado em 2015 que já chegou ao Grupo de Acesso e é atualmente seu maior xodó.
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