Política

A dúvida do voto

No resultado da pesquisa Datafolha para a Prefeitura de SP há duas incógnitas a serem desvendadas

A dúvida do voto
A dúvida do voto
Dados da pesquisa Datafolha de 19 e 20 de julho
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Pelos números do Datafolha, o tucano José Serra segue à frente, seguido por Celso Russomanno (PRB). Bem abaixo está o petista Fernando Haddad, numericamente empatado com Soninha Francine (PPS).

Esses números expressam a intenção de voto com o eleitor estimulado por uma cartela com os nomes dos candidatos. Mas o que acontece quando o eleitor se manifesta espontaneamente?

A dúvida do voto II


Normalmente, os números da pesquisa induzida são desidratados. Nesse caso, todos perdem em torno de 70% das intenções de voto. De qualquer forma, os números apontam uma tendência de agora.

O surpreendente é o porcentual de eleitores sem voto definido, quando se manifestam sem os nomes dos candidatos: 72% (tabela). Só vão pensar em política após as Olimpíadas.

Decifra-me ou te devoro


No resultado da pesquisa Datafolha há duas incógnitas a ser desvendadas: o aumento da rejeição de Serra de 35% para 37% (variando 1 ponto para baixo) e o aumento da intenção de voto em Russomanno de 24% para 26% (com a rejeição indo de 11% para 12%).

São números importantes para tentar decifrar essa eleição.

Oficina de reparos


Ao contrário do que foi publicado aqui, o candidato à prefeitura de Petrópolis (RJ) Bernardo Rossi não caiu na teia da Ficha Limpa. Ele disputará a eleição após sanar um erro da própria


Justiça Eleitoral.

Receita da greve


Em pouco mais de 30 dias de Operação Crédito Zero em todo o País, o Sindifisco Nacional, em confronto com o governo de Dilma por aumento de salário, calcula em 6 bilhões de reais o dinheiro não creditado à Receita em autos de infração.

Esses recursos viriam de multas aplicadas pelos auditores fiscais às empresas. A “operação-padrão”, por outro lado, atrasa o lançamento de impostos de importação e exportação.

Em 30 dias, esse rombo, segundo o Sindifisco, gira em torno de 1 bilhão de reais. As estimativas são baseadas em números de 2011.

Porta-voz do pessimismo


No seminário O Brasil e o Mundo em 2022, no BNDES, o professor Dani Rodrik, de Harvard, deu duas notícias. Uma delas é má: “Estamos todos indo para o inferno”. A outra, boa: “Nem todos chegarão lá com a mesma velocidade”. Barbarizou.

A vaga é delas?


Há quem aposte em Fátima Nancy Andrigui, do Superior Tribunal de Justiça, para substituir Cezar Peluso no Supremo Tribunal Federal. Peluso se aposentará no dia 3 de setembro.

Dilma teria pensado seriamente no nome da corregedora Eliana Calmon, também do STJ, para a vaga, mas esbarrou na regra constitucional que fixa idade-limite de 65 anos para as indicações. No STF, elas perdem para eles de 9 a 2.

Apreendido é preso


Soa como truque semântico uma figura jurídica inserida no artigo 107 do Estatuto da


Criança e do Adolescente. Nele se determina que o menor não é preso, é apreendido.

A polícia, então, prende homens e apreende drogas, armas, munição e menores. De qualquer forma dá para o leitor perceber que, quando é apreendido, o menor, de todo modo, fica preso.

Eleições: Triagem

Conceição do Mato Dentro (MG), a 180 quilômetros da capital Belo Horizonte, teve um magote de prefeitos nos últimos quatro anos e a nova eleição se anuncia com muitas impugnações. Essa movimentação frenética, de põe e dispõe, é efeito da Lei da Ficha Limpa.

Breno José de Araújo Costa (DEM), eleito em 2008, foi cassado. Nas eleições extemporâneas, o filho dele, Breno Júnior, também do DEM, teve o registro indeferido. Ganhou, mas não levou. Convocada a segunda eleição extemporânea, venceu a presidenta da Câmara Municipal, Nelma Carvalho (PR). Ela foi cassada pelo próprio Legislativo. Assumiu o vice, Reinaldo César (PMDB).

Candidato à reeleição, Reinaldo teve o registro impugnado pelo Ministério Público, devido às contas de campanha rejeitadas. Breno Júnior, novamente na disputa, está na mesma situação.

Até agora, permanecem na disputa Tarcísio Mourão (PSDC) e Maria Cecília Aparecido de Oliveira (PP), filha do ex-assessor de Jânio Quadros, ex-deputado e ex-ministro da Cultura


no governo Sarney) José Aparecido de Oliveira, figura emblemática da política mineira.

Pelos números do Datafolha, o tucano José Serra segue à frente, seguido por Celso Russomanno (PRB). Bem abaixo está o petista Fernando Haddad, numericamente empatado com Soninha Francine (PPS).

Esses números expressam a intenção de voto com o eleitor estimulado por uma cartela com os nomes dos candidatos. Mas o que acontece quando o eleitor se manifesta espontaneamente?

A dúvida do voto II


Normalmente, os números da pesquisa induzida são desidratados. Nesse caso, todos perdem em torno de 70% das intenções de voto. De qualquer forma, os números apontam uma tendência de agora.

O surpreendente é o porcentual de eleitores sem voto definido, quando se manifestam sem os nomes dos candidatos: 72% (tabela). Só vão pensar em política após as Olimpíadas.

Decifra-me ou te devoro


No resultado da pesquisa Datafolha há duas incógnitas a ser desvendadas: o aumento da rejeição de Serra de 35% para 37% (variando 1 ponto para baixo) e o aumento da intenção de voto em Russomanno de 24% para 26% (com a rejeição indo de 11% para 12%).

São números importantes para tentar decifrar essa eleição.

Oficina de reparos


Ao contrário do que foi publicado aqui, o candidato à prefeitura de Petrópolis (RJ) Bernardo Rossi não caiu na teia da Ficha Limpa. Ele disputará a eleição após sanar um erro da própria


Justiça Eleitoral.

Receita da greve


Em pouco mais de 30 dias de Operação Crédito Zero em todo o País, o Sindifisco Nacional, em confronto com o governo de Dilma por aumento de salário, calcula em 6 bilhões de reais o dinheiro não creditado à Receita em autos de infração.

Esses recursos viriam de multas aplicadas pelos auditores fiscais às empresas. A “operação-padrão”, por outro lado, atrasa o lançamento de impostos de importação e exportação.

Em 30 dias, esse rombo, segundo o Sindifisco, gira em torno de 1 bilhão de reais. As estimativas são baseadas em números de 2011.

Porta-voz do pessimismo


No seminário O Brasil e o Mundo em 2022, no BNDES, o professor Dani Rodrik, de Harvard, deu duas notícias. Uma delas é má: “Estamos todos indo para o inferno”. A outra, boa: “Nem todos chegarão lá com a mesma velocidade”. Barbarizou.

A vaga é delas?


Há quem aposte em Fátima Nancy Andrigui, do Superior Tribunal de Justiça, para substituir Cezar Peluso no Supremo Tribunal Federal. Peluso se aposentará no dia 3 de setembro.

Dilma teria pensado seriamente no nome da corregedora Eliana Calmon, também do STJ, para a vaga, mas esbarrou na regra constitucional que fixa idade-limite de 65 anos para as indicações. No STF, elas perdem para eles de 9 a 2.

Apreendido é preso


Soa como truque semântico uma figura jurídica inserida no artigo 107 do Estatuto da


Criança e do Adolescente. Nele se determina que o menor não é preso, é apreendido.

A polícia, então, prende homens e apreende drogas, armas, munição e menores. De qualquer forma dá para o leitor perceber que, quando é apreendido, o menor, de todo modo, fica preso.

Eleições: Triagem

Conceição do Mato Dentro (MG), a 180 quilômetros da capital Belo Horizonte, teve um magote de prefeitos nos últimos quatro anos e a nova eleição se anuncia com muitas impugnações. Essa movimentação frenética, de põe e dispõe, é efeito da Lei da Ficha Limpa.

Breno José de Araújo Costa (DEM), eleito em 2008, foi cassado. Nas eleições extemporâneas, o filho dele, Breno Júnior, também do DEM, teve o registro indeferido. Ganhou, mas não levou. Convocada a segunda eleição extemporânea, venceu a presidenta da Câmara Municipal, Nelma Carvalho (PR). Ela foi cassada pelo próprio Legislativo. Assumiu o vice, Reinaldo César (PMDB).

Candidato à reeleição, Reinaldo teve o registro impugnado pelo Ministério Público, devido às contas de campanha rejeitadas. Breno Júnior, novamente na disputa, está na mesma situação.

Até agora, permanecem na disputa Tarcísio Mourão (PSDC) e Maria Cecília Aparecido de Oliveira (PP), filha do ex-assessor de Jânio Quadros, ex-deputado e ex-ministro da Cultura


no governo Sarney) José Aparecido de Oliveira, figura emblemática da política mineira.

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