A CPI avança

Vão se tornando cada vez mais nítidas as ligações da quadrilha de Carlinhos Cachoeira com políticos e jornalistas

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Não é a toa que há um esforço tremendo na mídia para passar a impressão de que a CPI do Cachoeira está fazendo água, com o perdão do trocadilho.

Por toda parte, se lê e se ouve, quase sempre com base em declarações de políticos tucanos, que a CPI não vai dar em nada. Os senadores Álvaro Dias (PR) e Mário Couto (PA), ambos do PSDB, estão se especializando nisso.

Couto chegou a dar um chilique e abandonar a comissão, como se alguém fosse sentir falta de sua presença histriônica. Pela Câmara, o trabalho de desmoralização da CPI é conduzido pelo deputado Carlos Sampaio, do PSDB de São Paulo. Todos repetem, sempre que podem, que a CPI acabou.

Na verdade, uma declaração que nada tem a ver com fatos, mas com desejos e urgências. O principal deles, abafar a subordinação do governador de Goiás, Marconi Perillo, ao esquema criminoso.

Enquanto os tucanos se revezam para dar declarações desse tipo a uma mídia também ansiosa pelo fim da CPI, um grupo liderado pelo relator Odair Cunha (PT-MG) trabalha diligentemente para ler, ouvir e relatar todo o material bruto das operações Monte Carlo e Vegas, da PF.

Assim, vão se tornando cada vez mais nítidas as ligações da quadrilha de Carlinhos Cachoeira com políticos e jornalistas, esboço de um conluio que, quando vier a público, irá desmistificar boa parte do discurso udenista da oposição, sem falar na desconstrução de certa escola de jornalismo investigativo de araque.


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