O PT do Rio de Janeiro decidiu retornar à base aliada ao prefeito Eduardo Paes (PSD) com uma condição: indicar o vice na chapa encabeçada por ele nas eleições municipais em 2024. O martelo foi batido durante reunião na sede da legenda, no início deste sábado 14.
A decisão, apurou CartaCapital, deve ser comunicada ao pessedista por meio de uma carta, cuja redação está sendo finalizada.
Paes sinalizou a interlocutores do PT que poderia abrir espaço no primeiro escalão do governo para a sigla. De acordo com relatos, o prefeito garantiu que o partido ficaria com as secretarias de Meio Ambiente e Assistência Social.
O pessedista relatou a aliados que não discutiria acordos para as eleições de 2024, na qual ele tentará a reeleição. A avaliação do PT, contudo, é que só o espaço na administração municipal seria insuficiente. Alegam, ainda, que, caso Paes renuncie à prefeitura em 2026 para concorrer ao governo estadual, a sigla seria beneficiada.
Entre os cotados para assumir as pastas estão a vereadora Tainá de Paula e o ex-vice-prefeito da cidade, Adilson Pires. Há ainda a possibilidade de o filho do deputado estadual Washington Quaquá, Diego Reinan, seja indicado para cuidar de uma pasta a ser criada por Paes, voltada à área de economia solidária.
A relação entre o PT e Paes ganhou novos contornos durante o pleito em 2022. Desde 2021, Lula e o prefeito tentavam costurar a construção de um palanque único na disputa pelo governo do Rio de Janeiro. As negociações não avançaram.
O petista se engajou na campanha de Marcelo Freixo, à época no PSB, enquanto o pessedista lançou Rodrigo Neves (PDT) na corrida ao Palácio da Guanabara. No segundo turno, porém, Paes mobilizou auxiliares e trabalhou para frear o bolsonarismo no estado.
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