Política

A bicicleta entra na eleição paulistana

Pela primeira vez, candidatos à prefeitura se comprometeram com propostas claras que favorecem a mobilidade com bicicletas na cidade.

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Pela primeira vez, candidatos à prefeitura de São Paulo se comprometeram claramente com uma política que favorece a mobilidade com bicicletas na cidade. Todos aqueles com chances de ganhar a disputa neste ano assinaram uma carta com 10 propostas para melhorar o transporte não motorizado sobre duas rodas na cidade.

É um progresso imenso desde a última eleição. O plano do prefeito Gilberto Kassab, eleito em 2008, só continha um item relacionado ao tema: a implantação de “bicicletários em pontos-chave do sistema de transportes da cidade”. Marta Suplicy (PT), que foi ao segundo turno contra o atual prefeito, sequer citava a bicicleta em seu programa.

Neste ano, José Serra (PSDB), Celso Russomanno (PRB), Gabriel Chalita (PMDB), Fernando Haddad (PT), Carlos Giannazi (PSOL) e Soninha Francine (PPS) já têm propostas mais concretas que as feitas quatro anos atrás.

Entre os pontos, está a adoção do limite de velocidade de 50 km/h em avenidas e a ampliação das “zonas 30km/h” dentro dos bairros. Isso aumenta a segurança dos ciclistas com os carros nas ruas, em caminhos sem ciclovias e ciclofaixas. A “travessia segura de pedestres e ciclistas em todas as pontes dos rios Pinheiros e Tietê e suas alças de acesso” é outra das propostas.

Na carta assinada pelos candidatos também consta uma melhora no investimento. Eles se comprometeram com “o aumento de 0,25% por ano no orçamento municipal de transportes destinado à mobilidade por bicicletas”.

A assinatura do documento se deve à pressão das associações apartidárias Ciclocidade e Instituto CicloBR. Até a última eleição, os grupos ligados aos ciclistas funcionavam de uma forma muito menos articulada. Os protestos se davam majoritariamente nas ruas, focando mais a mudança individual do que as políticas públicas. Agora, grupos como esses fazem um lobby positivo sobre a política institucional em São Paulo e em outras cidades.

É claro que nada garante o cumprimento das promessas. O discurso reservado é muito diferente do público. Um exemplo elucidativo ocorreu no primeiro debate à prefeitura. Nele, segundo o site do Estado de São Paulo, um tucano mandou uma mensagem a outro escrito “cicloativistas de merda. Enfia (sic) a bicicleta no c*”.

Apesar disso, o comprometimento dos candidatos é um passo benéfico e claro na forma como as políticas de mobilidade vem sendo tratadas em São Paulo.

Pela primeira vez, candidatos à prefeitura de São Paulo se comprometeram claramente com uma política que favorece a mobilidade com bicicletas na cidade. Todos aqueles com chances de ganhar a disputa neste ano assinaram uma carta com 10 propostas para melhorar o transporte não motorizado sobre duas rodas na cidade.

É um progresso imenso desde a última eleição. O plano do prefeito Gilberto Kassab, eleito em 2008, só continha um item relacionado ao tema: a implantação de “bicicletários em pontos-chave do sistema de transportes da cidade”. Marta Suplicy (PT), que foi ao segundo turno contra o atual prefeito, sequer citava a bicicleta em seu programa.

Neste ano, José Serra (PSDB), Celso Russomanno (PRB), Gabriel Chalita (PMDB), Fernando Haddad (PT), Carlos Giannazi (PSOL) e Soninha Francine (PPS) já têm propostas mais concretas que as feitas quatro anos atrás.

Entre os pontos, está a adoção do limite de velocidade de 50 km/h em avenidas e a ampliação das “zonas 30km/h” dentro dos bairros. Isso aumenta a segurança dos ciclistas com os carros nas ruas, em caminhos sem ciclovias e ciclofaixas. A “travessia segura de pedestres e ciclistas em todas as pontes dos rios Pinheiros e Tietê e suas alças de acesso” é outra das propostas.

Na carta assinada pelos candidatos também consta uma melhora no investimento. Eles se comprometeram com “o aumento de 0,25% por ano no orçamento municipal de transportes destinado à mobilidade por bicicletas”.

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