Economia

‘A bancada não vai deixar de participar, se necessário, de algum acordo’, diz líder do PT sobre arcabouço

Para Zeca Dirceu (PT-PR), expectativa é de que texto modificado no Senado seja mantido pelos deputados

‘A bancada não vai deixar de participar, se necessário, de algum acordo’, diz líder do PT sobre arcabouço
‘A bancada não vai deixar de participar, se necessário, de algum acordo’, diz líder do PT sobre arcabouço
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Zeca Dirceu (PT-PR). Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
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O líder do PT na Câmara dos Deputados, Zeca Dirceu (PR), declarou que a bancada do partido está disposta a participar de acordos para aprovar o arcabouço fiscal ainda nesta semana.

O texto do arcabouço já havia passado pela Câmara, mas recebeu modificações no Senado e, portanto, volta à análise dos deputados. Entre os desejos do governo, estão a retirada do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica, o Fundeb, dos limites do arcabouço e a mudança no cálculo da inflação.

A Câmara havia incluído o Fundeb no novo “teto de gastos” e estipulado que a inflação seria calculada com base nos dados de 2022. Porém, no Senado, os parlamentares excluíram o Fundeb e inseriram uma possibilidade de se precaver caso a inflação estimada com base em 2022 não se cumpra em 2023.

“Nosso desejo é votar e aprovar as mudanças que o Senado fez. Agora, a bancada não vai deixar de participar, se necessário, de algum acordo que seja um pouco diferente disso. O importante é que se aprove essa semana”, declarou. “Eu acho que vai se manter o texto que foi aprovado no Senado”.

O governo já demonstrou considerar central a aprovação da emenda que altera o texto na questão da inflação. Segundo o senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), a expectativa é de que o orçamento do ano que vem sofra um corte de 30 bilhões de reais caso a Câmara não autorize a mudança do Senado.

Diante da tarefa de fazer com que o Parlamento vote matérias de interesse do governo antes do recesso, Dirceu declarou crer que os deputados votem até a quarta-feira os projetos que tratam do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais e do arcabouço.

A projeção do petista é de que a partir da quarta-feira a Câmara já comece a debater a reforma tributária, para votar ainda nesta semana, ao menos em 1º turno. Os parlamentares da bancada petista já foram alertados de que não poderão viajar na sexta-feira 7, para garantir a votação.

Após uma reunião noturna com líderes no domingo 2, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), faz um novo encontro com os representantes dos partidos na sua residência oficial, na manhã desta terça 4, para pautar os projetos em tramitação.

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