Economia

A avaliação do mercado financeiro dos 8 primeiros meses de governo Lula, segundo pesquisa

Queda de 8% na aprovação do petista entre os integrantes do mercado foi registrada na pesquisa Quaest de setembro

A avaliação do mercado financeiro dos 8 primeiros meses de governo Lula, segundo pesquisa
A avaliação do mercado financeiro dos 8 primeiros meses de governo Lula, segundo pesquisa
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante reunião ministerial, no Palácio do Planalto. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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A aprovação do governo Lula no mercado financeiro caiu 8 pontos percentuais entre julho e setembro, passando de 20% para 12%, segundo a nova pesquisa Quaest, divulgada nesta terça-feira 19. 

A avaliação negativa, por sua vez, cresceu 3 pontos percentuais, de 44% para 47%. Já a faixa de avaliação regular avançou 5 pontos, saindo de 36% para 41%. 

O pessimismo do mercado, indicam os dados, estaria atrelado às incertezas sobre o ajuste fiscal, fato que elevaria a insatisfação com a política econômica praticada pelo governo.

 Entre os entrevistados, são 72% que avaliam que as políticas econômicas do atual governo estão na direção errada. Em julho eram apenas 53%. Os que veem a política econômica na direção correta caíram de 47% para 28%.

Para 57%, o principal empecilho para uma melhora na economia é a falta de uma política fiscal efetiva. 

Haddad em baixa

A avaliação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também sofreu queda de 9 pontos percentuais, passando de 65% para 46%, no período monitorado. 

O mercado ainda se mostrou pessimista quanto a possibilidade do governo federal zerar o déficit no próximo ano. Para 95% dos entrevistados, a gestão Lula não conseguirá controlar os gastos nos próximos meses. 

A pesquisa também aponta que, ainda que sejam aprovados pelo Congresso as medidas propostas para cumprir as metas fiscais, elas não serão suficientes para zerar o déficit. A conclusão é de 86% dos entrevistados. 

Para os resultados, a pesquisa ouviu 87 profissionais de fundos de investimentos sediados em São Paulo e no Rio de Janeiro, entre os dias 13 e 18 de setembro. Veja a íntegra do levantamento:

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