Política

A 3 dias da eleição, Bolsonaro volta a atacar Moraes: ‘deixa de ser um patife’

A ofensiva ocorre após o magistrado determinar a quebra do sigilo telemático do assessor da Presidência tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid

Foto: Reprodução
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) retomou nesta quinta-feira 29 suas ofensas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral. Em transmissão ao vivo nas redes sociais, o ex-capitão se referiu ao magistrado, entre outros termos, como “patife” e “moleque”.

Os ataques ocorrem após Moraes determinar a quebra do sigilo telemático do assessor da Presidência tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid. Com a medida, vieram a público despesas da primeira-dama Michelle Bolsonaro que teriam sido pagas por Cid.

Na segunda 26, a Folha de S.Paulo noticiou que a Polícia Federal encontrou movimentações financeiras consideradas suspeitas a partir do telefone do tenente-coronel. A desconfiança apresentada pela PF levou Moraes a autorizar a quebra do sigilo bancário de Cid, a pedido da corporação.

“Moraes vem com essas baixarias. Quebra o sigilo do meu ajudante de ordens. Quebrou o meu sigilo, Alexandre. Isso não é papel de homem, é papel de moleque”, disse Bolsonaro na live desta quinta. “Seja homem uma vez na vida, Alexandre. Divulgue os valores da quebra do sigilo telemático. Deixa de ser um patife, um patife.”

O presidente ainda acusou Moraes de desejar a vitória da chapa composta por Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) na eleição presidencial para ter o petista como um “refém”.

“Que maravilha se o Lula for presidente, refém teu”, ironizou. “Eu não sou refém teu. Se eu fosse, não teria, por exemplo, assinado a graça do deputado Daniel Silveira.”

A PF suspeita, por exemplo, do pagamento de uma fatura de plano de saúde de um parente do casal presidencial. Há ainda menção a um pagamento fracionado para uma tia de Michelle Bolsonaro.

A quebra de sigilo se deu no âmbito do inquérito que apura o vazamento, por Bolsonaro e aliados, de dados sigilosos ligados a uma investigação sobre um ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral.

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