“Temos um presidente que defende a ditadura e a tortura”, diz Barroso

O ministro do GSI, general Heleno, reagiu e disse que 'não adianta uma parte do País querer derrubar o presidente'

Luís Roberto Barroso, ministro do STF - Foto: Nelson Jr. / SCO / STF

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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse na última quarta-feira 26 que a democracia brasileira tem se mostrado ‘resiliente’ aos ataques do presidente Jair Bolsonaro.

A declaração foi dada durante participação no evento “Respostas constitucionais a retrocessos na democracia”, promovido pela Fundação Fernando Henrique Cardoso.

“Temos um presidente que defende a ditadura e a tortura e ninguém jamais considerou alguma solução diferente do respeito à igualdade constitucional”, afirmou.

Barroso também citou episódios em que Bolsonaro se envolveu em manifestações autoritárias.

“Em face de manifestações autoritárias, tanto pelo presidente ou por pessoas próximas a ele, inclusive evocando a época da ditadura militar, a sociedade civil reagiu a isto com vigor, condenando os ataques às instituições e levando os autores destes ataques a retirarem-nos. Ou seja, a reação brasileira àquilo que ela viu como ameaças, nem que apenas retóricas, levou a reações muito vigorosas”, disse.


O ministro também ressaltou o papel da imprensa,que chamou de “plural e independente”.

“Uma coisa que eu acho que contribui com essa resiliência da democracia brasileira é uma imprensa livre, independente e poderosa que nós temos no Brasil”, declarou.

“Não adianta querer derrubar o presidente”

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Augusto Heleno, lamentou a declaração do ministro Barroso em entrevista à Rádio Bandeirantes, nesta quinta.

“A gente lamenta uma declaração e não vamos encarar como provocação . A ideia é manter harmonia entre os poderes. Mas não adianta uma parte do país querer derrubar o presidente”, disse.

“O presidente foi eleito de forma limpa. Qualquer tentativa de desilustrar essa eleição é tentativa de derrubar o presidente. É uma pretensão descabida. Tirem isso da cabeça”, completou.

 

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