Política
9% dos eleitores admitem deixar de votar por medo de violência política, aponta pesquisa
Pelo menos 40% dos entrevistados acreditam haver grande chance de incidentes violentos durante pleito


O medo da violência política durante o dia das eleições é considerada por 40% dos eleitores do País. É o que aponta última pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira 15.
O receio de atos violentos pode afastar até 9% das pessoas das urnas no dia 2 de outubro.
Essa apreensão está diretamente relacionada com o tom agressivo adotado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores.
Dois casos recentes de morte de militantes petistas por bolsonaristas corroboram com essa insegurança sentida pelos eleitores.
A violência política também atingiu os pesquisadores dos institutos de sondagem, que relataram episódios de agressões no exercício de seu trabalho, além de jornalistas e veículos de imprensa.
O receio de violência é maior entre os eleitores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder das pesquisas, com 45% das intenções de voto.
Entre os eleitores petistas, o índice dos que não consideram ir às urnas é de 10%, frente aos 5% dos apoiadores de Bolsonaro que sente receio.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.