O major da reserva da Polícia Militar Claudio Mendes dos Santos afirmou, nesta quinta-feira 9, que o Exército fornecia segurança para os bolsonaristas no acampamento golpista montado em frente ao quartel-general da Força em Brasília.
Santos, suspeito de ensinar táticas de guerrilha aos golpistas, prestou depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos na Câmara Legislativa do Distrito Federal. A comissão foi criada para investigar os atos de 8 de Janeiro.
Questionado sobre a função do Exército no acampamento, o major declarou que os militares garantiam a “segurança” e em nenhum momento pediram a desocupação da área. Segundo ele, cerca de 90 policiais do Exército vigiavam o local diariamente.
O PM negou ter ensinado táticas de guerrilha no local. “Ali era o lugar mais vigiado do mundo. Qualquer palavra que fosse dita ali na frente, o pessoal vinha e dizia que não podia”, alegou.
Sobre os vídeos em que aparecia pedindo doações via Pix, confirmou ter feito as solicitações, mas disse que nenhum valor entrou em sua conta e que desconhece quem recebia as transferências.
O policial ainda relatou à CPI que muitos dos acampados no QG do Exército permaneceram no local porque circulava uma informação falsa de que o Supremo Tribunal Federal poderia, a qualquer momento, confirmar uma suposta fraude nas urnas eletrônicas.
A CPI da Câmara do DF se reunirá novamente na quinta-feira 16 para sua última oitiva, com a participação do coronel Reginaldo Leitão.
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