De Santos
Visivelmente abalada pela morte do companheiro de chapa, a ex-senadora Marina Silva (PSB) decidiu se despedir de Eduardo Campos exaltando as lições aprendidas com o presidenciável ao longo da corrida eleitoral.
“Durante esses dez meses de convivência aprendi a respeitá-lo, admirá-lo e a confiar nas suas atitudes e nos seus ideais de vida”, afirmou. “Essa é, sem sombra de dúvida, uma tragédia que nos impõe uma profunda tristeza”.
A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente chegou a Santos chorando muito e, antes de se pronunciar publicamente, avisou que não teria condições de responder a quaisquer perguntas. Militantes do PSB também choravam, enquanto políticos presentes estavam visivelmente abalados. “É um choque para todos nós. Perdemos um irmão, a pessoa que nos liderava e que imaginávamos que poderia liderar o Brasil”, disse Márcio França, deputado federal e presidente do PSB em São Paulo.
Ao lado do presidente do PPS, Roberto Freire, dos deputados federais Luiza Erundina (PSB) e Walter Feldman (PSB), do vereador Ricardo Young (PPS) e do prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), Marina ressaltou ainda que ela e Campos estavam empenhados em construir um novo projeto para o Brasil. “Começamos a trilhar juntos a esperança de um mundo melhor, um mundo mais justo. Eduardo estava empenhado com esses ideais até os últimos segundos de sua vida”, disse depois de “pedir a Deus que sustente” os parentes e amigos do ex-governador de Pernambuco.
Marina, que estava com Campos na noite de terça-feira 12, foi convidada pelo candidato para voar do Rio para São Paulo no avião particular, mas decidiu viajar em um voo comercial.
“A imagem que quero guardar dele foi a da nossa despedida de ontem: cheio de alegria, cheio de sonhos, cheio de compromissos”, disse.