16% dos evangélicos afirmam que pastores orientam votos em Bolsonaro, diz Datafolha

No caso de Lula (PT), o percentual não chega a 1%

Malafaia, um dos pastores que mistura religião com interesses pecuniários - Imagem: Mauro Pimentel/AFP

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Um levantamento feito pelo Datafolha mostra que 16% dos evangélicos afirmam que receberam orientações de pastores para votar no presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno. No caso de Lula (PT), o percentual não chega a 1%.

De acordo com a pesquisa, 79% dos entrevistados negaram ter recebido orientação, enquanto 3% não souberam responder. A taxa dos que não quiseram responder é de 2%. O segmento evangélico representa um quarto do eleitorado brasileiro e 26% da amostra do levantamento. Realizada entre 25 e 27 de outubro, a pesquisa tem margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, considerando-se apenas esta fatia do eleitorado.

No caso dos católicos, apenas 3% disseram ter recebido orientação de padres para o voto em presidente. Deste total, 2% afirmaram que a instrução foi para o voto em Bolsonaro, enquanto 1% diz ter sido para Lula. Os católicos representam mais da metade do eleitorado brasileiro.

Neste mesmo levantamento, divulgado na quinta-feira 27, o Datafolha indica que o petista perdeu vantagem entre os católicos, segmento no qual ele segue liderando com 55% das intenções de voto contra 39% do ex-capitão. Entre os evangélicos, Bolsonaro oscilou negativamente e viu sua vantagem diminuir de 38% para 32% em relação a Lula.

Ao todo, o instituto ouviu 4.580 pessoas, entre eleitores religiosos ou não. A pesquisa, contratada pela Folha e pela TV Globo, foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-04208/2022.

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