O Senado aprovou, após sabatina, a indicação, realizada pelo presidente Lula, de Cristiano Zanin para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal. Zanin, inegavelmente, preenche com louvor os requisitos constitucionais para a investidura na condição de ministro da Corte Suprema. O notável saber jurídico e a reputação ilibada são cristalinos.
Defensor da democracia, dos direitos fundamentais e dos interesses nacionais, o causídico, demonstrando singular trajetória de dignificação da advocacia, atuou com brilho e venceu o caso mais relevante da história judicial brasileira. Em verdade, fez história com sua defesa. Para além de diversas violações aos direitos fundamentais, ao devido processo legal, ao princípio da imparcialidade da jurisdição e dos deveres impostos aos integrantes do Ministério Público, a vulgarmente conhecida Operação Lava Jato orquestrou, em detrimento da própria democracia, da estabilidade das nossas instituições e das empresas nacionais, um projeto de domínio político e de ascensão messiânica de agentes públicos. Ou seja, ao contrário de mero erro judicial, solipsismo, ativismo ou de qualquer manifestação de decisionismo voluntarista, a Lava Jato fulminou, por meio de táticas de estado de exceção, o próprio pacto civilizatório que se estabelece entre o Estado e os indivíduos.
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