André Costantin

Opinião

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Verde e amarelo

Um roteiro sobre a criação da camiseta da Seleção, seu sequestro pelo golpismo e o destino de um Brasil fraturado

A CBF e os patrocinadores sentem os efeitos comerciais da identificação da amarelinha com os celerados que clamam pela ditadura - Imagem: Sérgio Lima/AFP e Renato Luiz Ferreira
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Este é o roteiro de um filme inacabado sobre um ícone do Brasil. O enredo é um crime político: o sequestro da camisa da Seleção brasileira de futebol. A mística camisa amarela vaga pelo seu inferno simbólico, nesta quadra histórica em que o País, saído de uma traumática eleição para presidente, ensaia seu retorno à luz. Nação e símbolo desencantaram-se, o corpo procura sua alma.

Nestes dias alucinantes, o drama desta história toca o ápice, em busca de desenlace. O Brasil entra em campo na Copa do Mundo do Catar, renovando a gasta esperança do hexa. Nas ruas, a camisa do Brasil derrama seu amarelo-ouro nas multidões que acampam às portas de quartéis, do Sul ao Norte, e pedem “intervenção” militar. Traços de ficção atravessam a realidade.

Este texto não representa, necessariamente, a opinião de CartaCapital.

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