
Luiz Gonzaga Belluzzo
[email protected]Economista e professor, consultor editorial de CartaCapital.
Os homens e os negócios não estão sujeitos a um comportamento probabilístico
O economista norte-americano Hyman Minsky, outrora obscuro entre seus colegas da “corrente principal”, virou moda nos Estados Unidos depois da crise de 2008. Um coro de carpideiras entoa o cantochão do “momento Minsky” para lamentar a vida e a morte da finança desregulamentada.
Minsky construiu uma hipótese “keynesiana” sobre a formação de preços de ativos numa economia em que prevalece a moeda de crédito criada pelos bancos. Enquanto a teoria convencional cuida de examinar as condições de equilíbrio no intercâmbio de mercadorias, Minsky coloca o crédito e a finança no centro da economia capitalista. (O modelo da feira livre versus o “paradigma de Wall Street”.) Para ele, a concorrência em busca da maximização do ganho privado determina resultados que a ação dos indivíduos racionais não pode antecipar. As decisões privadas são tomadas em condições de incerteza radical e, por isso, estão sempre sujeitas à subavaliação do risco e à emergência de comportamentos coletivos de euforia que conduzem à fragilidade financeira e a crises de liquidez e de pagamentos. Minsky descreve as etapas do ciclo de crédito e formação de preços dos ativos em que as interações subjetivas entre os participantes do mercado não raro provocam a má precificação de ativos e distorções na alocação de recursos.
Este texto não representa, necessariamente, a opinião de CartaCapital.
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