Luana Tolentino

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Mestra em Educação pela UFOP. Atuou como professora de História em escolas públicas da periferia de Belo Horizonte e da região metropolitana. É autora dos livros 'Outra educação é possível: feminismo, antirracismo e inclusão em sala de aula' (Mazza Edições) e 'Sobrevivendo ao racismo: memórias, cartas e o cotidiano da discriminação no Brasil' (Papirus 7 Mares).

Opinião

Uma ação importante para a igualdade de gênero e contra a censura nas escolas

Edital privilegia iniciativas realizadas na Educação Infantil e na Educação de Jovens e Adultos (EJA); saiba mais

Educação de Jovens e Adultos. Foto: Secretaria da Educação de SP
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Em uma ação conjunta com mais de 50 entidades, a Ação Educativa lançou no dia 4 de novembro um edital para selecionar projetos destinados a promover a igualdade de gênero na Educação Básica. O objetivo é divulgar e reconhecer planos de aulas, sequências didáticas, relatos de experiências e práticas pedagógicas comprometidas com a promoção da igualdade de gênero, como também com uma educação democrática e de qualidade. Nesta edição, o edital, que conta com o apoio do Fundo Malala, vai privilegiar iniciativas realizadas na Educação Infantil e na Educação de Jovens e Adultos (EJA).

As inscrições estão abertas até 6/12 (segunda-feira), via formulário. Podem participar do edital: educadoras e educadores, pesquisadoras e pesquisadores, organizações da sociedade civil, coletivos, movimentos sociais e profissionais de educação de todo o País que atuam na Educação Infantil e na Educação de Jovens e Adultos.

As 10 propostas mais criativas e em acordo com os critérios estabelecidos no edital serão reconhecidas em evento virtual e integrarão o banco de planos de atividades e de aulas do site Gênero e Educação. Leitores digitais e bolsas de estudo no Centro de Formação Educação Popular, Cultura e Direitos Humanos da Ação Educativa também fazem parte da premiação.

Segundo as entidades idealizadoras, o novo edital visa enfrentar a censura nas escolas, promovida por movimentos ultraconservadores, além de ecoar as decisões do Supremo Tribunal Federal de 2020, que estabeleceram como dever do Estado brasileiro a abordagem de gênero nas escolas. A primeira edição da iniciativa recebeu mais de 250 inscrições de propostas de todo o Brasil.

Sobre a Ação Educativa

Criada em 1994, a Ação Educativa é uma organização de direitos humanos, sem fins lucrativos, com uma trajetória dedicada à luta por direitos educativos, culturais e da juventude. Desde a sua fundação, integra um campo político de organizações e movimentos que atuam pela ampliação da democracia com justiça social e sustentabilidade socioambiental, pelo fortalecimento do Estado Democrático de Direito e pela construção de políticas públicas que superem as profundas desigualdades brasileiras, bem como pela garantia dos direitos humanos para todas as pessoas. Desde os anos 2000, a Ação Educativa tem promovido ações comprometidas com a igualdade de gênero e raça na educação, sempre em articulação com uma ampla gama de parceiras.

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