Opinião

Um recado ao senhor Paulo Skaf após uma nota oficial medíocre

Skaf, quem prejudica empresas, empregos, trabalhadores, meio ambiente, clima e cultura é o governo que o senhor ajudou a eleger

O presidente da Fiesp, Paulo Skaf. Foto: EBC
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O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, em nota oficial, exigiu respeito dos países da União Europeia para com o Brasil. Refere-se ao tratado comercial acordado e assinado há menos de 60 dias entre UE e o Mercosul, e que alguns países, açodados pelas patacoadas do Regente Insano Primeiro, prole e secretários, que ministros podem ser de direito, mas não de fato, conhecimento e postura, ameaçam recuar.

Ao mencionar que o Brasil sempre participou e cumpriu os acordos globais sobre meio ambiente e clima, fala a verdade, pois coloca o verbo no passado. A bióloga Izabella Teixeira fez-nos ser respeitados. Erra, no entanto, quando passa ao presente e diz sermos “referência mundial quando o assunto é preservar e produzir (…) não podemos permitir que agentes externos, com seus próprios interesses políticos e comerciais, prejudiquem os nossos empregos e o Brasil como um todo”.

Senhor Paulo Skaf, quem prejudica empresas, empregos, trabalhadores, meio ambiente, clima, cultura, enfim, o Brasil como um todo, é o governo que o senhor ajudou a eleger. O que mais faltou-lhe fazer para mostrar sua adesão a um despreparado que não se defrontou com nenhum dos demais candidatos ou mostrou um programa de governo com qualquer racionalidade?

Isso nos faz passar por medíocres como medíocre é sua nota oficial, em qualquer país onde houver seres pensantes, ou seja, por enquanto, o planeta Terra.

“A ‘bombeira’ em meio ao fogo cruzado”

É a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), qual Joana D’Arc, concedendo entrevista à sucursal de O Globo em São Paulo, no Valor, de 23/08.

Qual o “fogo cruzado”? Os interesses ruralistas e a retórica ambiental do Insano Primeiro e acólitos. Simples assim.

Tadinha. Vejo-a em fotos com óculos Marta Suplicy, antes, agora não mais, cozendo arroz e feijão, temperando hortaliças e legumes, fritando bifes e ovos em sua cozinha, e pensando a que rei devo agradar? A quem aqui me pôs ou ao louco que aqui me aceitou? Tadinha, mas declaras que partes para um périplo internacional com escalas no Oriente Médio (Arábia Saudita, Egito, Kuwait e Emirados), e na Europa (Alemanha e Suíça). Uma boa, hein?

Na volta, se sua nobreza permitir, traga a este pobre colunista de ascendência árabe, quibes, esfirras, falafel, Arak. Em suas escalas europeias, um Jägermeiter e um Gipfeli iriam bem. Como sabemos eu, à esquerda, e Merval Pereira, à direita, damos palestras, sendo assim venais.

Hortifrutis e inflação

Já escrevi sobre isso, mas na medida em que ando muito por regiões plantadoras de hortaliças, frutas e legumes, acompanho a instabilidade em que vivem esses produtores. Antes numa gangorra aflitiva, mas que poderia ser logo compensada, sobretudo nas lavouras de ciclo curto.

Dos tempos de ajuste fiscal até a degola do consumo, pelo desemprego e queda no poder aquisitivo da população, a gangorra tem sido dividida por Zezinho Esqueleto e João Sumô, e nunca mais oscilou. Tanto que William e Renata, desesperadamente, procuram um “vilão da inflação” pra chamar de seu.

Inté.

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