Talvez você não tenha ainda se dado conta, mas teremos, neste ano, a eleição mais manipulada de nossa história. Mais do que em 2018. E é bom que ninguém se iluda, acredite que ela é normal e que “as instituições estão funcionando”, pois é anormal (com tendência a piorar) e as instituições não se mexem para evitá-lo.
Jair Bolsonaro e sua turma falam para quem quiser ouvir que não vão aceitar a derrota de mão beijada. Chegaram aonde estão por caminhos que nunca se repetirão e não pretendem condicionar sua permanência no poder a algo que desprezam, os ritos e regras da democracia. Vão fazer todo tipo de bandalheira para se manter no poder. Na verdade, já fazem.
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1 comentário
PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS15 de fevereiro de 2022 16h39
O fato é que Bolsonaro nunca governou o país nesses quase quatro anos de governo para não dizer desgoverno. Desde o seu primeiro dia, se preocupou com a reeleição e em angariar simpatia com o seu fanático eleitorado. Brigou com quase todos os chefes de Estado do mundo, com exceção de Donald Trump, a quem dedica uma admiração canina. Se indispôs com praticamente todos os governadores dos Estados, com o poder legislativo, e, por isso, aproximou-se do Centrão. Apoiou incondicionalmente Arthur Lira, assegurando-se que este não desse a admissibilidade ao processo de impeachment. Indicou e reconduziu Augusto Aras a PGR, fazendo deste na prática o seu mais fiel advogado de defesa. Mesmo com Lula na liderança incontestável nas pesquisas e com chances de vencer em primeiro turno, não vai ser fácil tirar Bolsonaro da cadeira presidencial. O episódio do Capitólio pode se repetir em Brasília, visto que Trump, e não Olavo de Carvalho, é o seu verdadeiro guru.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
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