Marcelo Freixo
[email protected]É professor de história e deputado federal pelo PSOL do Rio de Janeiro.
Em vez de instrumento de progressão, a educação tornou-se uma forma de segregação social, devido ao baixo investimento público. É hora de corrigir essa rota
Venho de família humilde. Nasci em São Gonçalo, cidade da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, e me criei na periferia de Niterói, no bairro do Fonseca. Meu pai, Seu Aroudo, só sabia escrever o nome e trabalhou como inspetor em escolas públicas. Já minha mãe, dona Alenice, era secretária escolar, também na rede pública.
Meus pais não tinham muita instrução, mas nos educaram através do exemplo, mostrando, como viviam e se comportavam na prática, o valor do trabalho, da honestidade e do respeito à família. Como dois funcionários de escola, eles me ensinaram outro valor fundamental: a importância da educação na transformação e na criação de oportunidades. Foi assim que nasceu em mim o sonho de ser professor. O estudo tornou-se uma forma de quebrar um ciclo de exclusão, a oportunidade de ir mais longe do que os meus pais, ter mais qualidade de vida e chances de progredir.
Este texto não representa, necessariamente, a opinião de CartaCapital.
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
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