Opinião
Pílulas Opinativas 3
Dentro da meta (12×8) – 1 comprimido pela manhã; Até (16×11) – acrescentar 1 comprimido no almoço (pode ser com um copo de “Tubaína” melhor
Com satisfação verifiquei na última edição impressa da revista a estreia da seção CartaCapital S/A, Negócios e Finanças em Pílulas.
Não pensem que o aqui apartado colunista digital de agronegócios se acha o inspirador das pílulas. Lembro que, durante certo tempo, o ótimo e divertido colunista de gastronomia. Márcio Alemão, criou o “Picadinho”. Sou, no entanto, um conformado a seguir os desígnios de meus editores.
Vamos, então, aos agronegócios e suas Pílulas Opinativas. Pandemia e o descaso de um governo inepto, me deixam há um ano isolado. Precisei rebatizar as Andanças Capitais, proibido que estou de viagens e acesso à deliciosa tradição oral de caboclos, caipiras, campesinos, fazendeiros e tabaréus com seus causos.
Atenolol (genérico): controla a pressão arterial
Indicações: Disparada nos preços dos alimentos para o mercado interno.
Causas: dificilmente serão provenientes de produtores rurais no início da cadeia alimentar. Afora episódios climáticos adversos em regiões e culturas pontuais, são frequentes a cada ciclo agrário.
Mais importante foi o crescimento da extrema pobreza que fez cair o poder aquisitivo na base da pirâmide, diminuindo a demanda no comércio e na indústria. Tais setores, como frequente, para compensar a queda nas encomendas, realinharam suas margens.
Precauções: manter estoques reguladores e leilões para evitar que os preços internos sejam equiparados às cotações das commodities agrícolas de exportação e ao câmbio. Sem a prevenção, o resultado é inflação ou, pior, estagflação.
Doses:
Dentro da meta (12×8) – 1 comprimido pela manhã;
Até (16×11) – acrescentar 1 comprimido no almoço (pode ser com um copo de “Tubaína” melhor preço);
Acima disso – mantenha a medicação prescrita e acrescente um rabo-de-galo.
Fortificantes: Vitaminas C e D, Zinco, Magnésio e Ginseng indiano ou coreano
O Governo Federal, através do ministro da Economia, Paulo Guedes, está lá, incensado por um tal de “Mercado”, aqui em São Paulo não sei se o Central, da Lapa ou de Pinheiros.
Mas confesso em sua única acepção, favorável apenas a quem ganha dinheiro no mole (alguns se ferram), espera as privatizações prometidas pelo Regente Insano Primeiro e seu Posto Ipiranga, o rosto redondo que só não usa máscara quando Jair está por perto.
Servidão essa que resistirá até ser entubado, sabe Deus ser mentira que desejo isso a muitos. Mas confesso ter recaídas.
Para esquartejamentos: não há remédio no momento
Há esperanças. A CONTRAF, Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, ligada à CUT, Central Única dos Trabalhadores, e a FENAE, Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal, como o Instituto Butantã e a Fiocruz tentam nos salvar da Covid-19, 20, 21, 22 …, e desenvolvem um produto para recompor instituições sólidas esquartejadas.
Apresento a marca do novo medicamento:
#Mexeu com a Caixa mexeu com o Brasil
Será um antídoto contra vermes maléficos, como Jair Bolsonaro, clã, acólitos e apoiadores.
Entreguistas que, aos poucos, vão esquartejando a CEF, naquilo que ela mais tem de lucrativo, loterias, seguros e penhores. Objetivo final. Privatização total.
Inté.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.