Os condenados da Terra

Os algozes de Moïse, Durval e Marielle apostam na força brutal do Estado miliciano e na desumanização das pessoas negras

Foto: Nelson Almeida/AFP

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Os assassinatos de Moïse ­Kabagambe, jovem refugiado congolês, e do cidadão carioca Durval Teófilo criaram uma comoção e mobilizaram movimentos sociais no Brasil e no mundo.

Os crimes nos colocam na grave e vexatória situação de sermos uma nação que despreza a população negra, que representa mais de 56% do País. A violência que matou esses dois homens negros tem ligação direta com as forças que controlam o Rio de Janeiro e também tiraram a vida de Marielle Franco, em 2018.

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1 comentário

PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS 15 de fevereiro de 2022 03h31
Mais uma vez um homem negro tomba na terra de Zumbi dos Palmares, onde a fundação com o seu nome tem um representante negro que é racista, Sérgio Camargo. Este se negou a homenagear o congolês brutalmente assassinado, e ao contrário, o chamou a vítima de vagabundo. Não, a população negra é mais da metade do povo brasileiro. E matam e humilham como se a escravidão não tivesse acabado. Na realidade, parece mesmo que não acabou. O atual governo brasileiro contaminado pelo milicianismo racista e nazifascista é uma vergonha e indecência. Moise, assassinado por querer cobrar R$ 200,00 pelo seu trabalho, de um governo que quer acabar com os sindicatos dos trabalhadores, não pode ficar impune. Vejo que a comunidade negra precisa reagir, da mesma forma que agiu a comunidade judaica do episódio Monark, que defendeu a criação de um partido nazista no Brasil. O país não pode esquecer mais esse triste e lamentável episódio de brutalidade contra o povo negro. Moise, Durval, Marielle Franco e tantos outras vítimas do racismo estrutural devem ser lembrados e seus executores rigorosamente responsabilizados e condenados.

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