O quarto turno

Lula enfrentará nos próximos dias o golpismo bolsonarista. E, adiante, a pressão do poder econômico

Os agentes econômicos vão pressionar, mas Lula não pode se esquecer de Joaquim Levy, ex-ministro da Fazenda de Dilma Rousseff, um dos cavalos de Tróia presenteados pela turma da bufunfa - Imagem: Miguel Schincariol/AFP e Antonio Cruz/ABR

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O leitor ou a leitora permite que eu interrompa, por um momento, as celebrações pela maravilhosa vitória no segundo turno? A intensa comemoração é mais que merecida. Depois de tantos anos de sofrimento e barbaridades, voltamos finalmente a respirar. Sem esquecer, entretanto, que a luta continua. Jair Bolsonaro, derrotado por pequena margem, tende a continuar aprontando. Seus apoiadores mais radicais, muitos deles inclinados à ilegalidade e à violência, estão ressentidos e inconformados. Lula terá de enfrentar, provavelmente, o que alguns na mídia estão chamando de “terceiro turno”, isto é, um embate perigoso contra o golpismo da extrema-direita bolsonarista. Os cuidados com a segurança do presidente eleito, diga-se de passagem, devem ser redobrados.

De todo modo, arrisco a prever que a vitória de Lula nesse terceiro turno será mais fácil do que foi a vitória no segundo. Bolsonaro tem pouco apoio interno e externo para uma aventura, como se viu pelo que aconteceu depois da apuração dos votos. O resultado da eleição tem sido amplamente reconhecido, tanto no Brasil como no exterior. Lamento dizer, porém, que teremos também um “quarto turno”. Não quero sobrecarregar o leitor ou a leitora com preocupações sinistras, mas nunca é prudente ignorar a realidade, por mais razões que tenhamos, neste momento, para cultivar o otimismo e as melhores expectativas para o futuro do nosso querido País.

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