Camila Rocha e eu coordenamos uma pesquisa com o Instituto Update sobre mulheres conservadoras. A ideia é pensar como podemos construir uma agenda feminista convergente, de confluências e encontros, para poder avançar na construção de um Brasil menos misógino e violento, menos letal para nós. Um Brasil que nos represente, que nos inclua.
Em breve, os resultados serão públicos, mas queria adiantar uma questão relevante que apareceu nas entrevistas: como elas se informam, leem, pensam sobre feminismo. Bem, estou acostumada a ler sobre feminismo nos livros, a debater sobre ele na universidade, a estudar feministas que fizeram História com suas palavras, textos, atos. Mas a maioria dessas mulheres que Camila e eu entrevistamos, especialmente as jovens, está distante dos textos acadêmicos, das digressões teóricas do feminismo, da autora ou do livro do momento, do conceito em inglês mais atual. Elas dizem aprender e falar do assunto majoritariamente online, com mulheres que elas consideram modelos femininos.
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