O Brasil real é Ariano

O escritor paraibano é fonte de resistência e inspiração, a antítese de Bolsonaro. Suas armas eram “o riso a cavalo e o galope do sonho”

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

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Na semana que passou, o Partido Socialista Brasileiro realizou em Paraty, litoral do Rio de Janeiro, o primeiro de uma série de eventos anuais em razão da comemoração dos 100 anos de Ariano Suassuna,­ este grande e célebre escritor brasileiro que foi um dos fundadores da nossa agremiação socialista, e encerrou sua participação na política brasileira como seu presidente de honra. Ariano tinha uma paixão: o povo brasileiro. Dedicou sua vida inteira a ser voz da luta por uma sociedade mais justa, igualitária, orgulhosa do Brasil e dos brasileiros.

Paraibano, boa parte de sua vivência se deu no sertão nordestino, que ele costumava chamar de Brasil ­Real. Mais tarde, em revisão às suas próprias teses, percebeu que o termo Brasil Real era extensivo às comunidades pobres presentes também nos grandes centros urbanos. Para Ariano, o Brasil era um constante embate entre o Brasil Real e o Brasil Oficial. Com humor e elementos da cultura popular nordestina, ele tecia obras com críticas sociais incisivas, extremamente identificadas com as doutrinas socialistas cristãs. “A meu ver, enquanto houver um miserável, um homem com fome, o sonho socialista continua”, disse uma vez.

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2 comentários

Marluzio Ferreira Dantas 3 de julho de 2022 14h43
No Brasil Real de Ariano, não existe, a classe média real do Brasil oficial, pois, as classes sociais não podem ser divididas em faixa de renda só existe para a sociologia ariana duas classes: o pobre e o rico
JOSE CARLOS GAMA 24 de junho de 2022 14h32
Parabéns Ariano Suassuna, parabéns PCB. Resistir para existir...

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