No campo da fé

Em meio à guerra santa eleitoral, é preciso usar a linguagem do oponente para desmontar o discurso construído pelo sistema de desinformação bolsonarista

Oram pelo Messias. Não o descrito na Bíblia, mas aquele que prega o ódio - Imagem: Nelson Almeida/AFP

Apoie Siga-nos no

A primeira-dama Michelle Bolsonaro, que trouxe para o centro do debate político a figura do demônio, traz agora, pregando em igrejas no Nordeste, a ideia de uma guerra espiritual. Paramentada de verde e amarelo, corte de cabelo e maquiagem em dia, ela alerta os fiéis: “O inferno está se levantando”. Desde a semana passada, Michelle e a ex-ministra Damares Alves fazem um tour religioso por capitais do Nordeste.

Os elementos que elas trazem em seus discursos recuperam, ressignificam e atualizam categorias do discurso religioso como “demônio”, “inferno”, “vingança” e “luta do bem contra o mal”, alimentando a narrativa de uma guerra santa, em que prevalece a figura simbólica de um Deus bélico, a justificar um levante dos cristãos com todas as armas disponíveis para vencer o diabo inimigo. Para a primeira-dama, o PT é o próprio “Partido das Trevas” e está associado ao Tinhoso.

Leia essa matéria gratuitamente

Tenha acesso a conteúdos exclusivos, faça parte da newsletter gratuita de CartaCapital, salve suas matérias e artigos favoritos para ler quando quiser e leia esta matéria na integra. Cadastre-se!

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.