Nietzsche, Putin e Biden

Quando os outros homens são considerados apenas mercadorias concorrentes

Foto: JIM WATSON, ALEXANDER NEMENOV / AFP

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Ex-ministro do governo Temer e ex-comandante da 3ª Divisão de Exército de Santa Maria, o general Sérgio Etchegoyen fez uma análise interessante da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

“A paz, estado de harmonia, como a gente imagina, não é fruto da generosidade humana entre os países. É uma concessão do mais forte. Ele concede a paz nas condições que lhe convém. A Europa estava submetida à paz que interessava à Otan e aos EUA. Não era a paz que interessava à Rússia e a Putin. Era uma paz que empurrava os meios da Otan em direção às fronteiras russas, numa ameaça permanente. Esse estado de paz, quando é desequilibrado, aparecem as disputas e os conflitos por um novo status, para reescrever a paz segundo as circunstâncias novas, e Putin tenta impor a paz que lhe interessa, que é uma paz com as armas longe da fronteira dele, é uma paz com a Ucrânia submetida a ele política e militarmente, e é isso que eles estão fazendo.

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2 comentários

PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS 10 de março de 2022 16h27
Em Na Genealogia da Moral, tem um trecho que diz que, o mais antigo Estado, em consequência, apareceu como uma terrível tirania, uma maquinaria esmagadora e implacável, e assim prosseguiu seu trabalho, até que tal matéria-prima humana e semianimal ficou não só amassada e maleável, mas também dotada de uma forma. Assim os homens da guerra fazem os destinos dos homens comuns. Mas Putin por uma boa causa, pois quer impedir o avanço da OTAN no seu entorno e Biden, como o representante do imperialismo faz a cooptação dos países aliados e da grande mídia orquestrada a derrotar Putin. Quem será vencedor? Sabemos quem sempre perde, mas como diria Machado de Assis, aos vencedores as batatas.
JOSE CARLOS GAMA 8 de março de 2022 22h15
Nietzsche, Putin e Biden e a compaixão, tai o mistério do ser.

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