Rozana Barroso

Presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES)

Opinião

Geração Z: a juventude que vai mudar o Brasil

Estamos prontos para virar esse jogo este ano e vamos agir por meio da democracia. Vamos mudar o Brasil no voto

(Foto: Ubes/Divulgação)
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Quando digo que os estudantes são mais responsáveis que Bolsonaro, não estou brincando. Sou da Geração Z e conheço meus pares. Sei do nosso potencial. Somos uma geração aguerrida, potente e que acredita na democracia. Com a pandemia da Covid-19, estamos atravessando um momento jamais esperado, que nos coloca diante de desafios, mudanças e lamentavelmente, muitos lutos. Tudo isso somado à pior condução possível a esse período, com o governo Bolsonaro e seu projeto genocida.

Mas, em meio a constantes ataques à educação, à vida e à juventude, resistimos. Fizemos grandes mobilizações. Lutamos para que o ENEM fosse democrático, que tivéssemos condições de estudar, construímos o Projeto de Lei da Conectividade, defendemos e levamos nossas urgências para o Congresso, para as ruas e redes. Portanto, Bolsonaro “desmonta” e nós não aceitamos

Neste ano de 2022, nos colocamos na luta ativamente para poder construir o Brasil que acreditamos, por meio do nosso voto.

A responsabilidade da minha geração é impressionante e deve ser sentida nas urnas nesta próxima eleição. Ganhamos muitas cicatrizes com o governo Bolsonaro, que não apostou no futuro. Nestes últimos anos, nos reencontramos com a evasão escolar, com o descaso perante a educação como um todo, com o nosso sonho de entrar em uma Universidade. Tivemos que lutar pelo direito à vacina, por mais pão e por nossos estudos. Lutamos pela conectividade dos estudantes e por um Enem mais justo e seguro para todos.

Sabemos que nós, jovens, somos a maior parte da população e somos fortes. Mas também temos a consciência de que somos alvos de tentativas de dizimação pelo programa de governo de Bolsonaro. Estamos prontos para virar esse jogo este ano e vamos agir por meio da democracia. Vamos mudar o Brasil no voto.

Muitos não sabem, mas a entidade da qual tenho orgulho de ser presidente, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), foi fundamental durante as discussões da Assembleia Constituinte de 1988, na qual conquistamos o voto facultativo para os jovens de 16 e 17 anos. Os estudantes daquela época, os mesmos secundaristas “cara-pintadas”, foram os principais personagens da campanha “Fora Collor!” em 1992. Agora, a história se repete. 

Estamos em uma grande campanha chamada “Se Liga, hein”, que incentiva os jovens de 16 anos a tirarem o seu título de eleitor. Estamos na rua e mobilizando grêmios nas escolas públicas para que os próprios estudantes criem comitês que auxiliem outros na obtenção do documento. Nossa atividade é incansável. 

Nossa juventude sabe o que precisa e está pronta para construir um Brasil mais justo e igualitário. Somos o futuro e sabemos o que queremos. Aguardem a nossa juventude nessas próximas eleições.

Este texto não representa, necessariamente, a opinião de CartaCapital.

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