A eleição do ano que vem será uma verdadeira guerra. Bolsonaro, apesar de todo o desastre de seu governo, não é cachorro morto. A margem de manobra que deverá ter com a PEC dos Precatórios e o pagamento do Auxílio Brasil pode torná-lo mais competitivo e permitir com que atraia parte expressiva do establishment. Na medida em que a terceira via segue sem nome nem rumo, a tendência é, de fato, uma polarização entre Lula e o genocida. As eleições do Chile são um alerta de que a extrema-direita segue viva na América Latina.
Este cenário coloca na ordem do dia a construção da unidade da esquerda contra Bolsonaro. Durante 2021 atuamos para viabilizar essa unidade nas mobilizações sociais, com sucessivos atos nacionais. As campanhas e manifestações de combate à fome também foram nessa direção. Agora é momento de construir as condições para a unidade política nas eleições de 2022, evidentemente sem descuidar das ruas. Não há dúvidas de que Lula é, hoje, o melhor nome para canalizar a unidade progressista no processo eleitoral. Por sua história e capilaridade nos setores populares e por sua posição nas pesquisas, Lula é quem tem melhores condições de derrotar Bolsonaro.
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