Frente Ampla

Resistir também é avançar

Há muitas maneiras de resistir — e todas elas são necessárias

Há mais de 35 anos, o padre Júlio Lancellotti dedica-se a apoiar os mais vulneráveis. Foto: Reprodução/TV Brasil.
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Neste Brasil posto em frangalhos pelo projeto de devastação geral bolsonarista, há muitas maneiras de resistir — e todas elas são necessárias.

Há os que ficam roucos de denunciar os sucessivos atentados às instituições. Há os que saem às ruas desta pandemia oferecendo seus corpos, como escudos, nas manifestações em defesa da democracia — que é a perfeita tradução do grito de “fora, Bolsonaro!”.
Há quem resista na tarefa de esquadrinhar cada milímetro do esgoto em que foi convertida a “gestão” da pandemia, desvendando o grande negócio tocado por falsários e estelionatários que lucram com as mortes e o desespero.

Há a resistência comovente liderada pelos profundamente humanos como Júlio Lancelotti, que percorrem as madrugadas resgatando os condenados ao frio e à fome.

Não sem razão, Resistência é uma palavra geralmente associada a movimentos defensivos. Uma essência perfeitamente descrita na magistral The Partisan, canção de Leonard Cohen: “Éramos três esta manhã. Sou o único esta noite, mas preciso prosseguir”.

Mas não podemos esquecer que resistir é muito mais que defender trincheiras. Porque resistir também é avançar. Como faz o governo do meu Rio Grande do Norte, liderado pela querida companheira Fátima Bezerra, com o corajoso Programa Nova Escola Potiguar.

Com um investimento de R$ 400 milhões e previsão de entrega até o próximo ano, o programa vai promover uma revolução na Educação do estado, exatamente o oposto do que prega o obscurantismo sabotador do setor, encastelado no governo federal.

O programa está estruturado em cinco eixos.

O primeiro deles vai dotar o estado de um novo Instituto Estadual de Educação Profissional, com infraestrutura baseada no modelo consagrado dos Institutos Federais de Educação. Os 12 campi do Novo IERN, serão construídos e mantidos pelo governo do Rio Grande do Norte e cada um deles estará preparado para as aulas regulares e profissionalizantes, equipados com bibliotecas, espaços de convivência e para práticas esportivas.

Os demais eixos preveem a construção de 10 novas escolas padrão, reforma de mais de 60 unidades de ensino e recuperação de mais 100, a implementação de programas pedagógicos com foco em inovação—e garantia de laboratórios de informática, distribuição de tablets aos alunos e conexão à internet pela Infovia Potiguar—a capacitação de professores e ações para a superação do analfabetismo.

É um programa corajoso, bancado por investimento ousado, que resgata prioridades e concepções que caracterizaram tempos muito mais felizes já vividos no Brasil. Aqueles tempos em que a Educação foi tratada como essencial à melhoria da qualidade de vida dos filhos da classe trabalhadora.

É um programa que quase faz a gente esquecer que o Brasil é governado por Bolsonaro. Porque resistir também é seguir em frente, fazer diferente e mostrar que, apesar da noite escura, a vida pode ser bem melhor. E será.

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