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Patologia social

O macabro assassinato do jovem congolês Moïse Kabagambe desnuda a violência e a brutalidade a que está submetida a juventude negra do Brasil

Movimentos antirracistas pressionam por mais leis que garantam proteção à população negra. Foto: Roberto Parizotti/Fotos Públicas
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O assassinato brutal do congolês Moïse Mugenyi Kabagambe no Rio de Janeiro escancarou para o mundo o estado de beligerância e barbárie em que estamos imersos. Asilado político no Brasil desde 2011, para fugir da guerra civil que se instalou em seu país, o jovem de 24 anos tornou-se mais uma vítima do discurso de ódio, do racismo e da intolerância, temperados pela violência que tem imperado em nosso país nos últimos anos. Em verdade, foi mais uma vítima do racismo estrutural apresentado, desta vez, em estado puro e letal. Nem as câmeras de segurança, nem as testemunhas que presenciaram o espancamento, nem mesmo o imponente local, a Barra da Tijuca, ponto turístico conhecido mundialmente, foram suficientes para inibir o espetáculo macabro de socos e pauladas que levaram o jovem africano à morte.

Esta manifestação de desprezo pela vida não é obra do acaso, é fruto de trabalho calculado e meticuloso de estímulo ao descaso para com as minorias que autoridades importantes do País, apoiadas por setores conservadores da sociedade, têm adotado. O “fazer justiça com as próprias mãos”, seja por meio de pauladas ou armando a população de forma insana, como temos visto diariamente pelos veículos de comunicação, não poderia ter outro resultado, senão o aumento exponencial da violência.

Este texto não representa, necessariamente, a opinião de CartaCapital.

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