O campo progressista e uma nova política de segurança pública

Uma política de segurança pública eficaz começa necessariamente pela valorização dos policiais. O campo progressista não pode se abster desse debate

Foto: Agência Câmara

Apoie Siga-nos no

Tenho dialogado muito com policiais militares, civis e penais do Rio de Janeiro sobre os problemas e soluções para a segurança pública no estado. Certo dia, um desses PMs me questionou sobre a falta de prioridade que políticos do campo progressista historicamente têm dado ao tema, que foi fundamental para a eleição de Jair Bolsonaro em 2018.

Esse agente ponderou que existem policiais dentro da corporação muito sensíveis a assuntos que fazem parte da agenda mais ampla da centro-esquerda, mas que, quando a prosa vai no rumo da segurança pública e do trabalho policial, há um silêncio de parte do campo progressista, o que dificulta a criação de vínculos com os trabalhadores.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

2 comentários

FRANCISCO PEDRO GONCALVES DA ROCHA 1 de fevereiro de 2022 12h20
Uma política de segurança pública eficaz começa necessariamente por melhora nas condições de vida da população carente. O principal motivo, os estados não possuem recursos financeiros suficientes para aumentar salários de policiais, como o deputado propõe. Se a ideia é apenas fazer politicagem, ótimo, estamos bastante acostumados com propostas assim. Mas se a ideia é passar uma noção avançada sobre graves problemas, decepcionante.
PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS 31 de janeiro de 2022 15h10
A questão de segurança pública no Rio de Janeiro e no Brasil é um problema do Estado brasileiro. Passa por uma reforma do sistema militar e de uma valorização salarial dos soldados que estão na base somado a conscientização do valor dos Direitos Humanos seja de que lado for. A cúpula das polícias não estão interessadas em abrir mão dos altos subsídios e empurram o problema para as gestões futuras. Cabe aos governadores e às Assembleias legislativas discutir a valorização da classe encontrar um remédio para diminuir as desigualdades salariais existentes. O eleitor precisa saber em quem vota e pesquisar melhor o histórico do seu representante. Para que tenhamos um Estado com uma segurança pública de qualidade com menos riscos de desrespeito aos direitos da população mais pobre e que a segurança seja feita de maneira dentro da legalidade, eficiente e de mais respeito aos Direitos Humanos.

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.