Frente Ampla

Niterói e as agências de classificação de risco

Em dez anos, a cidade passou da inadimplência a exemplo nacional de planejamento orçamentário, financeiro e fiscal

Niterói e as agências de classificação de risco
Niterói e as agências de classificação de risco
Foto: PDT
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A elevação da nota de classificação de risco de crédito de Niterói, passando de AA para AAA divulgada recentemente pela Fitch Ratings, uma das principais agências do mundo, me fez voltar a 2013, ano em que assumi, pela primeira vez, a prefeitura. 

Ver a cidade ter esse reconhecimento, que reforça as avaliações positivas já publicadas pela Moody’s, que, em março, classificou Niterói como “a melhor cidade do país em Governança e Sustentabilidade”, e pela S&P,  que concedeu, no início do ano, a nota brAAA para Niterói (o melhor índice entre as avaliações públicas realizadas pela agência), mostram que, com responsabilidade e transparência, o trabalho desenvolvido e aprimorado nos últimos dez anos transformou Niterói em um exemplo para o Brasil e para o mundo. 

Quando assumi meu primeiro mandato, a administração municipal estava com sérios problemas de caixa, com credores batendo na porta da Prefeitura e com uma inadimplência de quatro anos com a União. Para enfrentar esse enorme desafio, adotamos um modelo de gestão responsável, transparente e comprometido com a inclusão social. Essa estratégia fez com que modificássemos positivamente a situação da cidade. 

O reconhecimento de nossas gestões pelas grandes agências de rating, sem falar dos vários anos consecutivos que o município foi apontado como o de melhor gestão de finanças do estado de acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), coloca Niterói no radar de investidores privados, nacionais e estrangeiros. Nosso ambiente é favorável e estável para a realização de investimentos e, consequentemente, no desenvolvimento e crescimento sustentável do município em todos os aspectos. Quem ganha com isso é a população, que tem melhoria na qualidade de vida, sobretudo nas áreas de educação, saúde, geração de empregos, segurança e infraestrutura.

Cito como passo importante na construção dessa reputação com as agências de classificação de risco e, por conseguinte, com o mercado, a  criação do primeiro fundo soberano de estabilização fiscal de longo prazo com recursos dos royalties do petróleo. Esse mecanismo assegurou à Niterói a possibilidade de ter um planejamento orçamentário, financeiro e fiscal diferenciado. 

A recente reinauguração do Mercado Municipal de Niterói, em julho deste ano, é outro um exemplo do potencial econômico da cidade. Após ficar 40 anos entregue às mazelas do tempo, propomos, em 2017, a revitalização do espaço de  9.700 metros quadrados por meio de uma Parceria Público Privada (PPP), para abrigar 172 lojas. Além de gerar um impacto positivo na economia do município, o Mercado Municipal está gerando mais de dois mil empregos diretos e indiretos, com capacitação profissional. Este projeto traz desenvolvimento também para todo o entorno de Niterói, como Rio de Janeiro, São Gonçalo e Maricá. 

A continuidade dessas e de outras políticas públicas responsáveis adotadas nos dez últimos anos se refletem na seriedade de um projeto que tem como objetivo maior o desenvolvimento econômico e social de Niterói. Após concretizar o sonho de ser a melhor cidade para se morar no Rio de Janeiro estamos caminhando para ser a melhor do país, aonde pretendemos chegar nesse próximo período.

Este texto não representa, necessariamente, a opinião de CartaCapital.

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